Saiba como preservar suas roupas por mais tempo

Descarte de peças traz problemas ambientais e sociais

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A moda que vestimos esconde um enorme impacto ambiental. A organização Global Fashion Agenda classifica essa indústria como a segunda mais poluidora do mundo, ficando atrás apenas da petrolífera.

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Impacto ambiental

Segundo a Textile Exchange, estima-se que mais de 50% das fibras de tecidos do mundo são de poliéster, que é derivado do petróleo, enquanto 27% vêm do algodão, que é majoritariamente produzido em plantações que utilizam agrotóxicos em excesso.

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Poluição das águas

Essa indústria também prejudica rios, lençóis freáticos, mares e oceanos, com estimativas apontando que 20% da poluição da água mundial é proveniente da moda.

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Exploração Humana

Além do impacto ambiental, a exploração de mão de obra é outro problema sério. "É uma indústria que lucra muito em cima de grupos minorizados. Mulheres e imigrantes da América Latina são os mais explorados no Brasil, enfrentando condições de trabalho muitas vezes análogas à escravidão”, explica Marina de Luca, idealizadora do Moda Limpa e coordenadora do Fashion Revolution.

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Descarte

Os resíduos têxteis das confecções de roupas também são descartados em volume muito grande, são toneladas e mais toneladas de tecidos não aproveitados e apenas 20% é reciclado no Brasil. A tudo isso, soma-se o consumo exacerbado e o descarte rápido de roupas pela população.

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Colonialismo de resíduos

Esse descarte de peças atua em algo conhecido como "colonialismo de resíduos", como definiu Marina. Roupas, principalmente do norte global, são enviadas em fardos para países do sul, destruindo não apenas o meio ambiente local, mas também a cultura e a economia.

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O que eu posso fazer?

Repensar o consumo exagerado e comprar peças de marcas conscientes e de brechós podem ser um começo, mas “não adianta a gente ficar se culpabilizando e fazendo esforços monumentais para mudar as atitudes da nossa vida enquanto o governo e a indústria continuam desenfreadamente produzindo”, explica Marina.

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Ação coletiva

"A mudança de comportamento individual é importante, mas mudança real só acontecerá com ação coletiva. Cobrar responsabilidade das marcas, dos políticos e participar ativamente na formulação de políticas é essencial. Consumir de forma consciente ajuda, mas é necessário pressionar por mudanças sistêmicas”, destaca.

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Para evitar o descarte acelerado de peças que geram prejuízos ambientais, sociais e econômicos, uma atitude importante é usar mais o que nós temos no guarda-roupa. A roupa mais sustentável que existe é aquela que já temos. A seguir, Graziella Cavalcanti, professora de moda na Faculdade Santa Marcelina, dá dicas de como preservar nossas peças para que elas durem por mais tempo.

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Precisa mesmo lavar?

Analise se a peça está com cheiro ou marcas de sujeira para entender a real necessidade de lavá-la. Se a resposta for “sim”, é importante seguir as instruções da etiqueta de cada peça. Uma dica é deixar a explicação de cada símbolo em um papel ou plaquinha disponível na área de serviço.

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Separe por cor

Lave as roupas com sabão neutro, sempre separadas por tonalidade: brancas, escuras e coloridas.

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Nada de calor

Não use água quente ou secadora de roupas. O calor excessivo agride as fibras das roupas e diminui sua vida útil.

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Revitalize

Use papa-bolinhas para limpar a textura de peças mais desgastadas, conserte ou customize as com furos e tinja as desbotadas.

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Armazene bem

Tome cuidado para não penturar peças de malha, tricô ou crochê, que podem se deformar no cabide e use produtos antimofo em guarda-roupas de locais úmidos

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