Pirâmide e serpente de pedra reforçam pesquisa sobre os Astecas

Foto: Divulgação/INAH

Pesquisadores do Instituto Nacional de Antropologia e História do México (INAH) identificaram uma pirâmide asteca no estado de Hidalgo, no centro-leste do país. A descoberta ocorreu após funcionários do governo notarem a estrutura arqueológica durante obras em uma rodovia federal.

Foto: Divulgação/INAH

A INAH informou que a estrutura com dez túmulos arqueológicos deve datar dos períodos Epiclássico (650-950 d.C.) e Pós-Clássico tardio (1350-1519 d.C.). Para conservar a construção, as autoridades ergueram um muro. Estudos devem ampliar o conhecimento sobre a ocupação humana da civilização asteca, uma das mais misteriosas da América Latina.

Foto: Divulgação/INAH

Em outubro de 2023, arqueólogos já haviam feito outra descoberta importante relativa a essa civilização pré-colombiana. Uma serpente de pedra estava enterrada no solo da antiga capital do Império asteca, Tenochtitlán.

Foto: INAH

A serpente de pedra surgiu no solo da faculdade depois de um terremoto em 2022. O tremor de magnitude 7,7 atingiu os estados de Michoacán e Colima com abalos sentidos a 400 km do epicentro na capital do México.

Foto: INAH

Tenochtitlán, a capital do Império Asteca, estava localizada em uma ilhota elevada às margens do lago Texcoco. Atualmente, faz parte do centro histórico da Cidade do México, capital do país.

Foto: Diego Rivera/Wikipedia

A serpente foi encontrada durante escavações na antiga Escola de Jurisprudência da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), um tesouro de artefatos históricos em si. 

Foto: José Vasconcelos Calderón/Wikpedia

A serpente asteca esculpida foi encontrada a uma profundidade de 4,5 metros. Ela mede 1,8 metro de comprimento por um metro de altura e 85 de largura, com um peso estimado em 1,2 tonelada.

Foto: INAH

Estima-se que a serpente seja do final do Império Asteca, que terminou em 1521. Em virtude das condições do solo, os traços de estuque e policromia de pigmentos ocre, vermelho, azul, preto e branco sobreviveram. Esses traços estão em mais de 80% da escultura.

Foto: INAH

Segundo os estudiosos, esses pigmentos representam um exemplo típico da paleta de cores que os mexicanos usavam para decorar suas imagens de culto e seus templos. São extremamente frágeis devido aos materiais minerais e vegetais dos quais foram obtidos.

Foto: Eneas de Troya and Olga Cadena/Wikpedia

Os cientistas criaram um espaço selado, forrado com filmes plásticos e equipado com umidificadores e dataloggers (registradores de dados) para ler e controlar, a todo momento, a umidade da serpente de pedra.

Foto: INAH

Os pesquisadores disseram que o objetivo é evitar que a serpente perca a umidade que acumulou durante séculos de maneira lenta e cuidadosa, pois, do contrário, pode haver perda de cor e até mesmo fissuras ou cristalizações de sais na pedra.

Foto: Reprodução/ INAH

Os astecas formaram uma cultura mesoamericana que floresceu no centro do México no período pós-clássico, de 1300 a 1521. Eles incluíam diferentes grupos étnicos do México central, que falavam a língua náuatle e dominaram grandes partes da Mesoamérica entre os séculos XIV ao XVI.

Foto: chaccard wikimedia commons

Entre esses povos, existia a Quetzalcoatl, que era uma divindade na cultura e literatura mesoamericanas e significa "serpente emplumada" ou "serpente de penas quetzal". A adoração de uma Serpente Emplumada foi documentada pela primeira vez no Teotihuacan no primeiro século a.C .

Foto: Jami Dwyer/Wikpedia

O Deus serpente emplumada e da criação, da aprendizagem e do vento. Na mitologia, quando os guerreiros morrem, suas almas se transformam em raras aves emplumadas e voam para o sol.

Foto: Nam from D-Block, USA Wikimedia commons

Quetzalcoatl foi uma divindade importante tanto na arte quanto religião da maior parte da Mesoamérica por quase 2.000 anos, desde a era pré-clássica até a conquista espanhola.

Foto: Eddo wikimedia commons

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Foto: Divulgação/INAH