Pesquisas revelam origem do crânio de 'Homem Dragão', datado de 146 mil anos atrás

Em 2018, um crânio descoberto na China, apelidado de "Homem Dragão", chamou atenção por não corresponder a nenhuma espécie humana conhecida.

Foto: Divulgação/Universidade GEO de Hebei

Após várias tentativas, cientistas conseguiram extrair DNA mitocondrial do cálculo dental do fóssil, revelando uma provável conexão com um grupo de humanos primitivos.

Foto: kjpargeter/Freepik

Segundo a análise de DNA mitocondrial e proteínas, o crânio é ligado aos denisovanos, que habitaram a Terra de 300 mil a 50 mil anos atrás.

Foto: Divulgação/Kai Geng

Essa é a primeira vez que um crânio completo é associado a essa espécie, anteriormente conhecida apenas por fragmentos ósseos.

Foto: Freepik

O crânio foi descoberto originalmente em 1933 por um operário em Harbin, mas permaneceu desconhecido da ciência por décadas até ser doado à Universidade GEO de Hebei.

Foto: Divulgação

Em 2021, o fóssil foi datado em pelo menos 146 mil anos e classificado como uma nova espécie, Homo longi, embora alguns especialistas já suspeitassem da ligação com os Denisovanos.

Foto: Reprodução/Chuang Zhao

O nome deriva de Heilongjiang, ou “Rio do Dragão Negro”, local onde o crânio foi encontrado.

Foto: Wikimedia Commons/ Alexxx1979

Com características como rosto robusto, dentes grandes e cérebro do tamanho dos humanos modernos, o crânio ajuda os cientistas a esclarecer a aparência dos denisovanos.

Foto: Divulgação/Qiaomei Fu

A descoberta permitirá aos pesquisadores preencher lacunas sobre uma época em que o Homo sapiens coexistia e cruzava geneticamente com outras espécies humanas, como Denisovanos e Neandertais.

Foto: Freepik/Imagem gerada por IA

Espera-se que o nome Homo longi se torne o nome oficial da espécie Denisovana, embora o termo "denisovano" provavelmente permaneça como um apelido popular.

Foto: Montagem/Reprodução

“Ainda há muito trabalho a fazer para entender exatamente quem foram os denisovanos e como eles se relacionam conosco e com outros hominídeos", disse Ryan McRae, paleoantropólogo do Museu Nacional de História Natural Smithsonian de Washington, DC.

Foto: Montagem/Divulgação/Xijun Ni

Os denisovanos foram um grupo extinto de hominídeos que viveu na Ásia durante o período Pleistoceno, sendo contemporâneos dos neandertais e dos primeiros humanos modernos (Homo sapiens).

Foto: Divulgação/Cheng-Han Sun

Seu nome vem da Caverna de Denisova, nas montanhas Altai, na Sibéria, onde os primeiros vestígios foram encontrados em 2008 — uma falange de um dedo e alguns dentes.

Foto: Wikimedia Commons/Александр Лещёнок

Análises de DNA revelaram que os denisovanos deixaram traços em populações atuais, especialmente em melanésios, aborígenes australianos e algumas populações do Sudeste Asiático.

Foto: Domínio Público

Além da Sibéria, evidências genéticas sugerem que os denisovanos podem ter habitado partes da Ásia, incluindo o Tibete, onde um fóssil de mandíbula encontrado em 2019 foi vinculado a eles.

Foto: Divulgação/Qiaomei Fu

Entre suas contribuições genéticas mais notáveis está a adaptação dos tibetanos à altitude.

Foto: Wikimedia Commons/Tenace10

Um gene herdado dos denisovanos ajuda os habitantes do planalto tibetano a sobreviver em ambientes com pouco oxigênio.

Foto: Wikimedia Commons/Dan

Apesar dos avanços, ainda há muitas perguntas sobre a aparência, cultura e extinção dos denisovanos.

Foto: Wikimedia Commons/TaichungJohnny

Acredita-se que eles tenham desaparecido há cerca de 30 a 50 mil anos, possivelmente devido a competição com humanos modernos ou mudanças climáticas.

Foto: Wikimedia Commons/Cicero Moraes

Acompanhe o Terra

Diariamente o Terra traz conteúdos para você se manter informado. Acesse o site e nos siga nas redes.

Foto: Divulgação/Universidade GEO de Hebei