Onda de violência provoca terror e mortes na Bahia
Nesta segunda-feira (02/10), o Governo Federal apresentou um plano para combater organizações criminosas, em meio ao aumento da onda de violência na Bahia.
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Segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino, o Programa Nacional de Enfrentamento às Organizações Criminosas (Enfoc), como será chamado, foi desenvolvido nos últimos três meses.
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Durante todo o mês de setembro, pelo menos 71 pessoas morreram em confrontos com as forças policiais.
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Na noite deste domingo (01/10), um homem morreu e outros três ficaram feridos após um ataque a tiros em uma praça no centro de Santo Antônio de Jesus.
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Na última sexta-feira (29/09), quatro homens perderam a vida em um confronto direto com a polícia.
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Os agentes da Polícia Militar receberam denúncias sobre homens armados que estavam vendendo drogas na área chamada Rua da Prainha.
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Quando os policiais chegaram lá, encontraram um grupo de criminosos, que começaram a disparar contra os agentes.
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A PM informou que houve confronto e os quatro homens baleados levados ao Hospital Nossa Senhora Natividade, mas não sobreviveram aos ferimentos.
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Também foram apreendidos 262 pinos de cocaína, dezenas de armas de fogo, 196 porções de maconha, 38 pedras de crack, sete aparelhos celulares, além de roupas camufladas e R$ 4.063,20 em dinheiro.
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Todo o material apreendido durante a ação foi levado para a delegacia de Santo Amaro.
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A maior parte dos ataques ocorrem na região de Santo Amaro, no recôncavo baiano.
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Ao falar sobre o programa, Flávio Dino declarou que um dos principais objetivos é desmontar as maneiras pelas quais as gangues obtêm dinheiro.
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Além disso, de acordo com o ministro, o ENFOC também deve investir em operações de investigação e inteligência.
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Marcelo Werner, o secretário de Segurança Pública da Bahia, destacou que o conflito entre facções é a principal razão para a violência no estado.
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No mês de agosto, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia firmou um acordo com a Polícia Federal com o propósito de endurecer o combate aos criminosos. Esse acordo tem uma validade inicial de dois anos, podendo ser estendido por mais tempo.
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Para fortalecer as operações contra o crime organizado, foram enviadas viaturas blindadas da Polícia Federal para o estado.
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No início de setembro, mais de 15 moradores dos bairros de Alto das Pombas e Calabar foram feitos reféns por criminosos da região.
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Também em setembro, dois policiais militares foram mortos após confrontos no bairro do IAPI, em Salvador.
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Segundo especialistas em segurança, a política de guerra às drogas está no centro da onda de violência na Bahia.
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Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que, só em 2022, foram mais de 1.400 mortes em decorrência das operações policias na Bahia.
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Devido à alta taxa de mortes, a Anistia Internacional Brasil emitiu uma declaração na quarta-feira (27/09), na qual criticou o governo estadual pelas vidas perdidas em confrontos com as forças de segurança.
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