Monstro-de-gila: veneno de lagarto foi chave para criação do Ozempic
Um réptil nativos de desertos da América do Norte contribuiu decisivamente para uma descoberta médica que está entre as mais importantes de tempos recentes.
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Trata-se do monstro-de-gila (Heloderma suspectum), um pequeno lagarto peçonhento encontrado no sudoeste dos Estados Unidos e no noroeste do México.
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O monstro-de-gila é um réptil de movimentos lentos. Por isso, seu veneno evoluiu para ser capaz de imobilizar pequenas presas.
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Além disso, os pesquisadores descobriram que o veneno do monstro-de-gila contém um hormônio que auxilia seu metabolismo a reduzir de tal forma a velocidade que ele pode sobreviver por longo tempo com baixo consumo calórico.
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De acordo com cientistas da Universidade de Queensland, na Austrália, o réptil consegue resistir com apenas seis refeições por ano.
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Nos estudos, os cientistas isolaram em laboratório o hormônio, que batizaram de exendina-4, e perceberam que ele é muito parecido com o GLP-1 - hormônio que o intestino humano produz naturalmente para controlar os níveis de açúcar no sangue após as refeições.
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O medicamento Byetta (exenatida), usado no tratamento da diabetes tipo 2 ao fazer cair os níveis de glicose na circulação, foi o primeiro a ser desenvolvido após a descoberta da exendina-4 nos estudos do monstro-de-gila.
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A partir dele, com algumas mudanças pequenas na cadeia de aminoácidos, foram elaboradas substâncias com efeitos maiores nessa redução de glicose. É o caso da semaglutida, o princípio ativo do Ozempic.
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Os estudos com o monstro-de-gila podem impulsionar novos trabalhos com toxinas liberadas por animais, na tentativa de descobrir substâncias que estimulem o desenvolvimento de novos fármacos.
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“Podemos encontrar compostos ainda mais eficazes no veneno de algum outro animal, ou criar versões sintéticas que ataquem doenças por novos ângulos”, ressaltou o professor Kini.
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Ele é um dos poucos lagartos venenosos, o único do tipo registrado em território norte-americano. Um indivíduo da espécie pode chegar a 56 centímetros de comprimento e pesar quase dois quilos.
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De hábitos exclusivamente noturnos, os monstros-de-gila têm a pele de fundo escuro com listras laranjas ou rosadas, que funcionam como camuflagem. O animal é dotado de uma estrutura externa chamada osteoderma, que funciona como uma espécie de armadura que o defende de predadores, como os falcões.
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Embora seja um animal de pequeno porte, de caminhar vagaroso e aparência inofensiva, o monstro-de-gila pode oferecer riscos aos seres humanos exatamente por seu veneno, embora acidentes não sejam muito comuns.
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Esse tipo de evento é raríssimo. A última morte humana registrada por mordida de monstro-de-gila era de 1930.
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“A grande maioria das mordidas causa inchaço e sangramento local. Acho que este caso destaca que qualquer animal venenoso deve ser respeitado”, declarou na ocasião a Nick Brandehoff. à rede CBS.
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