Lojas de Portugal aceitam PIX e são acusadas de 'brasileirização'
A crescente presença e influência da cultura brasileira em Portugal tem gerado reações diversas entre os portugueses.
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Um exemplo recente é a adoção do PIX por supermercados na cidade de Braga, considerada um reduto de imigrantes brasileiros.
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O PIX é um meio de pagamentos e transferências desenvolvido pelo Banco Central para facilitar as transações financeiras. Atualmente, é o meio de pagamento mais utilizado no Brasil.
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Segundo reportagem recente da BBC News Brasil, a rede de supermercados Continente, por exemplo, anunciou que pretendia expandir o uso do PIX para mais lojas.
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A medida gerou críticas de páginas ligadas à direita radical, que veem essa "brasileirização" como uma ameaça à identidade portuguesa.
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Nas redes sociais, brasileiros responderam com humor, brincando com a ideia de uma "recolonização" e apelidando Portugal de "Guiana Brasileira" — uma referência irônica ao passado colonial.
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Atualmente, mais de 510 mil brasileiros vivem legalmente em Portugal, representando a maior comunidade estrangeira no país.
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Essa presença se reflete na cultura, no comércio e até na língua: palavras como "grama", "geladeira" e "dica" já são comuns no vocabulário português, especialmente entre jovens que consomem conteúdo brasileiro nas redes sociais.
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Até mesmo o Carnaval de Lisboa incorporou oficialmente o Carnaval Brasileiro de Rua a partir de 2025.
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Outro exemplo é que universidades portuguesas recebem cerca de 19 mil estudantes do Brasil, muitos atraídos pelo reconhecimento das notas do Enem.
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Alguns especialistas apontam que Portugal não revisou criticamente seu colonialismo, ao contrário do Brasil, onde o tema é mais debatido.
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Apesar das tensões, sociólogos como Pedro Góis, da Universidade de Coimbra, afirmam que a ideia de uma "invasão brasileira" é exagerada.
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"É uma mistura natural que está a acontecer. Não é uma invasão. E está longe de ser uma colonização, é mais uma partilha", disse ele.
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Além dos supermercados, outros estabelecimentos portugueses como a loja de departamento El Corte Inglés e a rede de eletroeletrônicos Wortenain já passaram a aceitar o PIX como meio de pagamento possível.
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Desde que foi lançado, em 2020, o PIX revolucionou a forma como brasileiros transferem dinheiro e realizam pagamentos, substituindo gradualmente métodos tradicionais como TED, DOC e até mesmo o uso de dinheiro em espécie.
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Uma das principais curiosidades sobre o PIX é a sua velocidade: as transações são concluídas em até 10 segundos, 24 horas por dia, todos os dias da semana, inclusive feriados.
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Outra curiosidade é que o PIX não é apenas para transferências entre pessoas; ele pode ser utilizado para pagar boletos, compras em estabelecimentos comerciais (tanto físicos quanto online) e até mesmo para realizar saques em dinheiro em alguns estabelecimentos que oferecem o "PIX Saque" e o "PIX Troco".
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Agora os Estados Unidos do presidente Donald Trump também miram o Pix. Uma investigação vai ser feita para verificar se o sistema eletrônico brasileiro pode ser considerado uma prática desleal no mercado bancário.
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Afinal, o uso do Pix é gratuito sem pagamento de taxas aos bancos pela operação. E esta avançando tanto que poderá até substituir o cartão de crédito.
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O fato é que o Pix ganhou popularidade e se espalhou pela Brasil. Para muitos a explicação da gritaria é simples: o pix funciona e as pessoas gostam. Por isso incomoda os outros.
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