Inquietação criativa e pancadaria verbal: Lobão coleciona brigas, sucessos e polêmicas
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Um dos artistas mais controversos e provocativos da música brasileira, Lobão fez aniversário em 11 de outubro. Com mais de quatro décadas de carreira, o cantor, agora com 68 anos de idade, coleciona sucessos, brigas públicas e opiniões afiadas.
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Nome relevante do rock nacional, compõs clássicos como “Me Chama”, que ganhou versões de diversos intérpretes e entrou na lista das 100 maiores músicas brasileiras da Rolling Stone — ficou em 47º. Também é autor de “Vida Louca Vida”, eternizada por Cazuza, “Corações Psicodélicos”, “Canos Silenciosos” e “Essa Noite Não”.
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Lobão começou sua carreira nos anos 70 como baterista da banda Vímana, ao lado de Lulu Santos e Ritchie. Desde cedo, mostrou talento e personalidade forte, rompendo com o grupo por divergências criativas. Sua inquietação artística, aliás, já dava sinais de que ele não seguiria caminhos convencionais.
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Em 1982, lançou seu primeiro álbum solo, "Cena de Cinema", misturando rock com crítica social. O disco foi bem recebido, mas Lobão já mostrava sua veia provocadora, desafiando padrões da indústria fonográfica. A partir daí, sua carreira solo ganharia contornos cada vez mais intensos.
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Insatisfeito com gravadoras, ele fundou sua própria distribuidora e passou a vender CDs em bancas de jornal. A atitude foi vista como revolucionária e inspirou outros artistas a buscar autonomia. Assim, tornou-se um símbolo da resistência contra o sistema musical tradicional.
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Lobão nunca teve medo de se posicionar politicamente, mesmo que isso lhe custasse fãs e contratos. Em 2016, liderou um coro de xingamentos contra a então presidente Dilma Rousseff durante um show. O episódio gerou críticas intensas e consolidou sua imagem de artista combativo.
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Ao longo dos anos, atacou artistas consagrados como Caetano Veloso e Gilberto Gil, acusando-os de elitismo e conivência com o sistema. Suas críticas renderam brigas públicas e afastamento da MPB tradicional. Assim, se tornou uma voz dissonante no cenário musical brasileiro.
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Durante o Rock in Rio 2, Lobão foi escalado para tocar no dia dedicado ao heavy metal. Foi vaiado e alvo de latas e copos pela plateia, que esperava bandas como Megadeth e Sepultura. O episódio virou símbolo do choque entre estilos e da rejeição que ele enfrentava.
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Décadas depois, voltou a criticar o heavy metal, chamando o gênero de “degenerescência branca e nórdica”. A declaração reacendeu a rivalidade com fãs do estilo, que o acusaram de preconceito musical. Lobão, como sempre, manteve sua postura firme e provocadora.
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Apesar de viver no século 21, Lobão se considera um homem dos anos 70. Cita bandas como Cactus e Humble Pie como suas principais influências, rejeitando o metal moderno. Seu gosto musical reflete, portanto, uma nostalgia por uma era mais visceral do rock.
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Além de músico, Lobão é autor de livros como "Manifesto do Nada na Terra do Nunca", onde critica a cultura brasileira e a classe artística. Suas obras são recheadas de sarcasmo, filosofia e ataques ao politicamente correto. Ele, aliás, usa a literatura como extensão de sua rebeldia.
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Colecionou desavenças com artistas como Rita Lee, Marcelo D2 e Zeca Baleiro. As discussões geralmente envolvem política, estética musical ou comportamento público. Sem poupar nada nem ninguém, ele se orgulha de sua postura combativa, mesmo que isso o isole.
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Para Lobão, a arte deve ser livre, provocadora e sem amarras ideológicas. Ele critica o que chama de "patrulha do pensamento" e defende o direito de errar e de ser contraditório. Sua visão artística é radical e muitas vezes incompreendida.
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Ao longo da carreira, nunca se esquivou de misturar rock, samba, eletrônico e até mesmo música erudita. Seus álbuns variam em estilo e proposta, refletindo sua inquietação criativa. Ele, aliás, nunca se prendeu a fórmulas e sempre buscou surpreender o público.
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Lobão se define como um "Dom Quixote moderno", lutando contra moinhos de vento da cultura e da política. A metáfora revela sua postura idealista e combativa, mesmo diante de derrotas. Ele prefere o risco à acomodação.
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Apesar de ser famoso, o cantor rejeita o culto à celebridade. tanto que critica programas de TV, redes sociais e a superficialidade da fama moderna. Para ele, o artista deve ser profundo, não popular. Essa visão o afasta do mainstream, mas reforça sua autenticidade.
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Nos últimos anos, ele se aproximou de pautas conservadoras e passou a criticar a esquerda brasileira. Isso gerou rupturas com antigos aliados e fãs. Ele costuma afirmar que sua postura é fruto de reflexão, não de oportunismo político.
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As opiniões de Lobão geram reações extremas: amor ou ódio. Ele é idolatrado por uns e cancelado por outros, mas nunca ignorado. Essa polarização é parte de sua identidade artística e pessoal.
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O cantor tem usado podcasts como espaço para expor suas ideias sem filtros. Em episódios recentes, fez críticas ao metal, à política e à indústria musical. Os programas viraram palco para sua verborragia afiada.
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Em entrevista recente, Lobão anunciou que está trabalhando em um novo álbum para 2026. Promete trazer reflexões sobre o Brasil atual e resgatar sonoridades clássicas. Mesmo aos 68 anos, continua ativo e provocador.
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Apesar das polêmicas, mantém uma base fiel de fãs que admiram sua coragem e autenticidade. Ele interage com o público pelas redes e shows, sempre com franqueza. Sua relação com aqueles que o seguem é direta e sem filtro.
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Lobão encara o envelhecimento como libertação. Diz que a maturidade lhe deu coragem para ser quem realmente é, sem concessões. Sua trajetória mostra que a idade não diminui a intensidade.
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O cantor vê o Brasil como um país em crise cultural e moral. Critica a educação, a política e a mídia, propondo uma “revolução estética”. Suas ideias são controversas, mas provocam reflexão.
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Lobão é um artista que desafia rótulos e convenções. Seu legado é feito de música, palavras e confrontos. Intenso, celebra em seu aniversário de 68 anos não apenas as obras que marcaram a carreira, mas sua coragem de ser diferente.
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