Idosa que viveu 70 anos sem documento descobriu idade por exame da arcada dentária

A história de uma mulher que viveu cerca de 70 anos sem qualquer documento e só foi conseguir sua primeira certidão de nascimento em 2025 ganhou destaque nos noticiários.

Foto: Divulgação/Defensoria Pública do Ceará

Maria da Imaculada Conceição, conhecida como Conceição, teve o apoio da Defensoria Pública do Ceará para conseguir a documentação.

Foto: Divulgação

Ela é moradora de Caucaia, município de cerca de 375 mil habitantes da Região Metropolitana de Fortaleza.

Foto: Reprodução/YouTube

O processo de identificação contou com a parceria da Perícia Forense (Pefoce), que realizou exame de arcada dentária e coleta de impressões digitais para estimar sua idade e confirmar que ela não possuía registros oficiais.

Foto: Divulgação/Defensoria Pública do Ceará

O exame apontou que Conceição nasceu por volta de 1957, informação que serviu de base para o pedido judicial de registro tardio.

Foto: Divulgação/Defensoria Pública do Ceará

Sem sobrenome, origem ou data de nascimento conhecidos, ela teve sua história reconstruída por meio de entrevistas e buscas em cartórios.

Foto: Arquivo/Agência Brasil

“Foi mesmo muito emocionante porque ela falava, mas não tinha esses números, não tinha essas datas, esses momentos de confraternização, de aniversário…", explicou o defensor público Fernando Régis.

Foto: Divulgação/Defensoria Pública do Ceará

Conceição é analfabeta e foi levada ainda criança para trabalhar como empregada doméstica em Fortaleza.

Foto: Divulgação/Defensoria Pública do Ceará

Ela nunca estudou, não foi vacinada e viveu à margem de qualquer política pública.

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“Essa pessoa foi sendo criada trabalhando e criando os filhos dessa família [...] E ela envelheceu, as pessoas deixaram ela meio que de lado", contou o defensor público.

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A falta de documentos a impedia até mesmo de receber atendimento médico, situação descoberta por uma amiga que a levou à Defensoria.

Foto: Divulgação/Defensoria Pública do Ceará

“A dona Conceição é uma vitoriosa, é uma guerreira. Ela sobreviveu a uma pandemia sem acesso a uma vacina, sem acesso a um benefício, um programa de governo”, ressaltou Fernando Régis.

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

A decisão judicial, emitida pela 1ª Vara Cível de Caucaia, reconheceu oficialmente sua identidade e permitiu que ela escolhesse seu nome completo.

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A idosa escolheu o nome Maria da Imaculada Conceição e o dia 8 de dezembro como data de seu aniversário.

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Nesse dia, a comunidade católica comemora o Dia da Imaculada Conceição, santa da qual ela é devota.

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A data escolhida por Conceição também é o Dia da Justiça. “Foi uma coincidência muito feliz”, afirmou o defensor público.

Foto: Sang Hyun Cho/Pixabay

Com os novos documentos em mãos, Conceição agora busca ser incluída no Cadastro Único (CadÚnico) para acessar benefícios sociais.

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"A partir de hoje, que eu nasci novamente, aí eu vou tocar a minha vida pra frente. Vou continuar trabalhando, lutando pela minha vida, do mesmo jeito que eu vivia", disse ela ao g1.

Foto: Divulgação/Defensoria Pública do Ceará

"Agora vai ser diferente, né? Agora eu já tenho o que eu não tinha pra trás, agora eu já tenho, que é meu documento. Agora eu posso tudo", ressaltou a idosa.

Foto: Divulgação/Defensoria Pública do Ceará

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Foto: Divulgação/Defensoria Pública do Ceará