Os homenageados em avenidas e escolas do Brasil com 'passado duvidoso'

De presidentes da ditadura a escravocratas. Confira!

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Passado e presente

A história do Brasil é marcada por mais de 300 anos de regime escravocrata, 21 anos de ditadura militar e milhares de indígenas mortos, pelas mãos de bandeirantes e outros estrangeiros. A memória desses períodos não está apenas nos livros de história, mas também nos nomes de vias públicas, escolas e monumentos espalhados pelo País.

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Ditadura militar

Segundo levantamento feito pelo 'Metrópoles' e a 'Agência Pública', em 2021, o País tem 3.775 ruas, estradas e avenidas que homenageia líderes da ditadura. Esses nomes são principalmente dos presidentes do período militar, também conhecido como 'anos de chumbo'.

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Mapeamento

O projeto da FAUUSP chamado Ditamapa, realizado pelos pesquisadores Giselle Beiguelman e Andrey Koens, mapeou as ruas, avenidas, pontes e viadutos espalhados pelo Brasil que têm nomes dos presidentes - Humberto Castelo Branco, Artur da Costa e Silva, Emilio Garrastazu Médici, Ernesto Geisel, João Figueiredo.

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Ruas

O Brasil tem centenas de ruas batizadas com o nome dos presidentes do período militar.

Foto: Reprodução/Ditamapa

Rodovias e mais

Em São Paulo, há a rodovia Castello Branco, nomeada a partir de Humberto de Alencar Castelo Branco. Em São Vicente (SP), há a Av. Pres. Emílio Garrastazu Médici e em Caldas Novas (GO), a Av. Pres. Ernesto Geisel.

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Monumentos

As homenagens a figuras associadas ao racismo, genocídio ou outros crimes não ocorre somente em logradouros, mas também em monumentos. As estátuas em homenagem ao bandeirante Manuel Borba Gato, em São Paulo, ou ao traficante de escravos Joaquim Pereira Marinho, em Salvador, são um exemplo.

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Escolas

As homenagens também ocorrem na nomeação de escolas, principalmente as ´públicas no âmbito municipal ou estadual. Os principais são os presidentes da ditadura, como é o caso das escolas da imagem localizadas em Naviraí (MS) e Goiana (PE).

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Mudanças

Estados já se mobilizam para modificar algumas dessas vias e monumentos. Em São Paulo, por exemplo, o 'Elevado Costa e Silva' foi rebatizado de 'Elevando Presidente João Goulart'. A rua 'Sérgio Fleury', nomeada a partir de um dos principais torturadores da ditadura e delegado do Departamento de Ordem Política e Social de São Paulox (Dops), tornou-se 'Frei Tito', em homenagem a uma das vítimas da ditadura.

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O que fazer?

O debate sobre qual o destino adequado para estátuas, monumentos e locais que homenageiam figuras associadas ao racismo, genocídio ou outros crimes e violências segue em curso. Há quem defenda que essas obras sejam banidas, outros que memórias de suas vítimas sejam levantados.

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