Sobre o que é o livro encadernado com pele humana que estava em biblioteca de Harvard
Confira essa história de arrepiar
Foto: Reprodução/Harvard Library
Anúncio incomum
Uma história de arrepiar tem cercado a Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, neste mês. A biblioteca da instituição anunciou que removeu a pele humana da encadernação de um exemplar da coleção, devido à natureza das origens do livro e a história por trás.
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Repercussão
Após a repercussão da decisão e dessa "particularidade" sobre o livro, na última semana, dia 27, a biblioteca publicou algumas respostas sobre o que é o livro e o assunto que ele aborda para esclarecer os leitores mais curiosos. O Terra traduziu os principais deles para que você possa ler também. Confira!
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Qual é o livro e sobre o que ele é?
O livro em questão é uma cópia de 'Des destinées de l'âme', um livro publicado pela primeira vez em 1879, pelo autor francês Arsène Houssaye. Segundo a instituição, o livro é uma "meditação sobre a alma e a vida após a morte".
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Como a pele foi parar lá?
Em um comunicado, a biblioteca explicou que o primeiro proprietário do volume, o médico e bibliófilo francês Dr. Ludovic Bouland (1839–1933), encadernou o livro com pele que retirou sem consentimento do corpo de uma paciente morta em um hospital onde trabalhava.
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Como a pele foi parar lá?
A biblioteca descreve que há uma nota manuscrita de Bouland inserida no volume que diz: "Um livro sobre a alma humana merecia ter uma cobertura humana". Em 2014, uma análise científica confirmou que era pele humana.
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Há quanto tempo a biblioteca tem o livro?
Segundo a instituição, o livro foi adicionado ao depósito por um ex-aluno, o diplomata e empresário John B. Stetson Jr., em 1934, e 20 anos depois, por meio de doação de sua viúva Ruby F. Stetson.
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Por que decidiram remover só agora?
A biblioteca conta que a remoção da pele segue uma revisão da Biblioteca Houghton sobre a administração do livro, chamada 'Relatório do Comitê Diretor da Universidade de Harvard sobre Restos Humanos em Coleções de Museus Universitários', emitido no outono de 2022.
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Novo relatório
A partir disso, fizeram uma análise, ouviram especialistas e concluíram que a pele foi tirada sem consentimento. Atualmente, a biblioteca trabalha para determinar uma disposição final respeitosa desses restos mortais humanos.
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As pessoas ainda podem consultá-lo?
O livro em si, sem a encadernação, foi totalmente digitalizado e essa versão está disponível ao público no site da universidade. Segundo a instituição, a pele humana utilizada na encadernação do livro não está disponível a nenhum pesquisador.
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Arrependimento
No comunicado divulgado na última semana, a Biblioteca de Harvard reconhece falhas na administração do livro, que comprometeram ainda mais a dignidade do ser humano cujos restos mortais foram usados para encaderná-lo. "Pedimos desculpas às pessoas afetadas por essas ações", diz a nota.
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