Não é tudo igual: 4 características da língua indígena juruna
Cada etnia indígena possui sotaque e verbalização próprios
Foto: Cícero Pedrosa Neto | Amazônia Rea
Variedade de línguas indígenas
Você sabia que estamos na Década das Línguas Indígenas (2022-2032)? O período foi estabelecido pela UNESCO para promover a preservação da cultura vocal das comunidades originárias.
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E agora?
Os estudos de línguas indígenas ainda engatinham no Brasil. Em 2010, Lula assinou a proposta de Inventário Linguístico. O projeto sofreu desmontes de Bolsonaro e ainda não foi implementado nacionalmente.
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Tupi, guarani e muito mais
Cristina Martins, professora de Linguística da UNESP, diz que ainda existem cerca de 180 línguas originárias no Brasil, cada uma com seu sotaque, particularidade e forma de vocalizar.
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A língua Juruna
Cristina Martins teve a chance de conviver entre o povo juruna, do Mato Grosso, e estudou essa língua em particular. A partir do estudo dela, selecionamos algumas características desse povo.
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O Juruna é tonal…
A língua Juruna é tonal, assim como o mandarim. Ou seja, há dois tons fonológicos, de modo que o acento de intensidade é previsível e há alternância dos tons baixo e alto.
Foto: Crédito da foto | Yasmin Alves
Ordem sintática…
As orações são formadas a partir da ordem SOV, ou seja, sujeito - objeto - verbo, o que pode causar estranhamento para falantes de português, acostumados a usar a ordem de SVO (sujeito - verbo - objeto).
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Nasalidade vogal…
A língua juruna apresenta nasalidade distinta, o que significa que a nasalidade de uma vogal pode mudar o significado da palavra. Um bom exemplo, é: 'coco e cocô' ou 'lá e lã'.
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Duração vocálica…
Assim como no latim, vogais podem ser longas ou breves. Dependendo de como são empregadas, podem alterar o significado da palavra.
Foto: Rede Xingu | Reprodução
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