Estudo desvenda mistério dos 5.200 buracos nos Andes peruanos
Um novo estudo publicado na revista Antiquity propõe uma solução fascinante para um dos maiores mistérios arqueológicos dos Andes peruanos.
Foto: Diego Delso, delso.photo, License CC BY-SA
A famosa "Faixa de Buracos" (ou Monte Sierpe) não seria obra de alienígenas ou fruto de rituais esotéricos, mas sim um colossal sistema de contabilidade e armazenamento.
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O local se estende por aproximadamente 1,5 km acima do Vale do Pisco e reúne cerca de 5.200 depressões circulares.
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Cada um desses buracos mede até dois metros de diâmetro e um metro de profundidade.
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Ao longo do tempo, o mistério deu origem a teorias que variavam de práticas religiosas a ideias sobre civilizações desaparecidas ou visitas extraterrestres.
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Segundo o estudo, o Monte Sierpe funcionou como um centro de controle econômico, servindo para armazenar, registrar e organizar mercadorias no fim do período pré-hispânico.
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Os pesquisadores utilizaram drones para mapeamento de alta resolução e realizaram análises microscópicas de sedimentos.
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“Os blocos não são decorativos, mas refletem um sistema estruturado de agrupamento e contagem”, explica um trecho do estudo.
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O sítio está localizado no antigo Reino de Chincha, um dos maiores centros costeiros entre 1.000 e 1.400 d.C., conhecido por sua intensa atividade comercial e agrícola.
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A análise do solo dentro das cavidades revelou vestígios de juncos (usados em cestaria) e polens de milho.
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Como o pólen de milho não é facilmente transportado pelo vento, sua presença sugere que o grão foi levado até ali intencionalmente.
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Uma hipótese é que o milho era armazenado em cestos dentro dos buracos durante feiras comerciais ou pagamentos de tributos.
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Com a incorporação do Reino de Chincha ao Império Inca, no século 15, o local pode ter ganhado função dentro do sistema tributário imperial.
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Diferenças no número de buracos por bloco podem indicar níveis distintos de contribuição de comunidades vizinhas.
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Segundo o Archaeology News, os pesquisadores enfatizam que o sítio deve ser interpretado dentro de seu contexto cultural, descartando explicações fantasiosas.
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Para eles, Monte Sierpe é um exemplo da habilidade andina em administrar recursos e preservar informações sem escrita formal.
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Os estudos demonstram como esses povos moldaram a paisagem para criar soluções complexas de logística, memória coletiva e economia, dispensando a necessidade da escrita tradicional.
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