Arqueóloga carioca ganha prêmio internacional por descoberta do Cais do Valongo

A arqueóloga carioca Tânia Andrade somou mais um feito à sua carreira. Ela é uma das vencedoras do prêmio internacional Hypatia Award 2023. O FLIPAR mostrou e republica para quem não viu

Foto: Divulgação/Sociedade de Arquitetura Brasileira

A arqueóloga ganhou destaque após a descoberta do Cais do Valongo, em 2011, durante as obras para revitalizar a zona portuária do Rio de Janeiro.

Foto: Divulgação/Marcelo Mena

Naquele ano, as escavações conduzidas por Tânia revelaram o antigo cais de pedra, onde se estima que mais de um milhão de africanos escravizados tenham passado.

Foto: Reprodução/YouTube/TV Cultura

O que é o Cais do Valongo? É o principal porto de entrada de africanos escravizados no Brasil e nas Américas, de acordo com o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). 

Foto: Divulgação/Porto Maravilha

Localizado no Rio, o Cais do Valongo, desde 2017, integra a lista do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

Foto: Divulgação/Tomaz Silva/Agência Brasil

Onde fica no Rio? O Cais do Valongo vai da Rua Coelho Castro até a Sacadura. 

Foto: Divulgação/Oscar Liberal/Iphan

O Cais foi construído em 1811 pela Intendência Geral de Polícia da Corte do Rio de Janeiro. 

Foto: Divulgação/Tânia Rêgo/Agência Brasil

A região ficou conhecida, na época, como “Pequena África”. Ali, os escravos eram comercializados. 

Foto: Divulgação/Fernando Frazão/Agência Brasil

O Valongo possui cerca de 350 metros de comprimento.

Foto: Divulgação/Tomaz Silva/Agência Brasil

A área deixou de ser um polo de escravos em 1831.

Foto: Divulgação

Em 2012, a Prefeitura do Rio acatou a sugestão das Organizações dos Movimentos Negros e transformou o espaço em monumento preservado e aberto à visitação pública. 

Foto: Divulgação/Marcelo Mena

O Brasil recebeu perto de quatro milhões de escravos, durante mais de três séculos de duração do regime escravagista, segundo o Iphan. 

Foto: Divulgação/Oscar Liberal/Iphan

Tânia Andrade será premiada pela sua extensa colaboração em serviços relacionados à Arqueologia, História e ao Patrimônio Cultural da humanidade. 

Foto: Reprodução/YouTube/Arqueologia e Pré-História

O que é o prêmio Hypatia Award? O prêmio foi criado para celebrar o trabalho de homens e mulheres que contribuem para o conhecimento científico em suas respectivas áreas de atuação. 

Foto: Reprodução/Hypatia Award 2023

Tânia considera o Cais do Valongo um marco na sua carreira. Ela explicou o motivo em entrevista ao jornal O Globo: “Era uma pesquisa arqueológica de natureza sociopolítica, pois sabíamos que, se esses remanescentes estivessem na região, isso seria de enorme importância para comunidade negra no Brasil”, disse. 

Foto: Reprodução/YouTube/Arqueologia e Pré-História

Andrade foi vice-presidente da SAB (Sociedade de Arqueologia Brasileira) entre 1997 e 1999 e presidente durante os anos 1999 e 2001. 

Foto: Reprodução/YouTube/Arqueologia e Pré-História

Ela se graduou em 1979 em Arqueologia pelas Faculdades Integradas Estácio de Sá e, em 1980, especializou-se em Arqueologia pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro. 

Foto: Reprodução/YouTube/Arqueologia e Pré-História

É doutora em Arqueologia pela Universidade de São Paulo, além do pós-doutorado em História Social também pela USP.

Foto: Reprodução/YouTube/Arqueologia e Pré-História

Atualmente, ela é professora aposentada do Departamento de Antropologia do Museu Nacional. 

Foto: Reprodução/YouTube/Arqueologia e Pré-História

Tânia Andrade é apenas a segunda mulher brasileira a receber o prêmio Hypatia Award.

Foto: Reprodução/YouTube/Arqueologia e Pré-História

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Foto: Divulgação/Sociedade de Arquitetura Brasileira