Anotações 'secretas' de Dom Pedro II passam por restauração

Diversas cadernetas do Imperador Dom Pedro II, que registram suas impressões de viagens nacionais e internacionais entre 1840 e 1891, estão passando por um minucioso processo de restauro.

Foto: Divulgação

Os 38 volumes que se encontravam em estado frágil agora estão sendo recuperados no Museu Imperial de Petrópolis, que custeia o projeto com recursos do Ministério Público Federal.

Foto: - Imagem Acervo do Museu Imperial

Os manuscritos, considerados Patrimônio da Humanidade pela Unesco, devem ficar prontos em novembro de 2025.

Foto: Acervo do Museu Imperial

As anotações revelam experiências marcantes do imperador, como sua presença na Exposição da Filadélfia em 1876, onde conheceu o telefone de Alexander Graham Bell.

Foto: Acervo do Museu Imperial

Nos relatos, também aparecem detalhes de sua expedição pelo litoral nordestino entre 1859 e 1860, com suas impressões sobre indígenas locais e paisagens nacionais.

Foto: Acervo do Museu Imperial

Também há relatos históricos de viagens de Dom Pedro II por Inglaterra, França, Escandinávia, Rússia, Grécia, Turquia, Egito, Alemanha e Áustria, entre 26 março de 1876 a 26 agosto de 1877.

Foto: Reprodução do Instagram @museu.imperial

As cadernetas, muitas ilustradas com desenhos feitos pelo próprio imperador, oferecem uma visão privilegiada do século 19 e das transformações que marcaram a modernidade.

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"Os trabalhos de restauração acontecem no bicentenário do nascimento do imperador dom Pedro II e asseguram que esse acervo raro permaneça acessível para as futuras gerações", destacou a procuradora da República, Vanessa Seguezzi.

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Filho de Dom Pedro I e da imperatriz Leopoldina, Dom Pedro II foi o segundo e último imperador do Brasil, reinando de 1831 a 1889, quando foi deposto pelo movimento republicano. Viveu exilado na Europa até sua morte em Paris, em 1891.

Foto: Domínio Público

Localizado na região serrana do Rio de Janeiro, o Museu Imperial de Petrópolis é um dos mais importantes espaços de preservação da memória do Brasil, especialmente o Segundo Reinado.

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O edifício de arquitetura neoclássica fica instalado no antigo Palácio Imperial de Verão, construído entre 1845 e 1862 a pedido de Dom Pedro II.

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O local servia como residência da família imperial durante os meses de calor, quando a corte se transferia para a serra em busca de clima mais ameno.

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O palácio conta com um belíssimo jardim, inspirado no estilo francês, planejado pelo paisagista Jean-Baptiste Binot.

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Após a Proclamação da República e o exílio da família, o prédio passou por diversas fases, chegando a funcionar como um colégio.

Foto: Reprodução Flickr Arquivo Nacional do Brasil

O historiador Alcindo de Azevedo Sodré, juntamente com o presidente Getúlio Vargas se uniram para criar o museu, que foi inaugurado em 16 de março de 1943.

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Seu acervo é vasto e diversificado, contendo cerca de 300 mil itens, entre mobiliário, objetos pessoais, joias, obras de arte, esculturas, documentos e livros.

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Um dos maiores destaques é a coroa de Dom Pedro II, feita de ouro, pérolas e brilhantes, exposta com um sistema de segurança especial.

Foto: Montagem/Reprodução/YouTube

As joias da Imperatriz Teresa Cristina e a pena de ouro utilizada na assinatura da Lei Áurea, em 1888, também são peças raras do museu.

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O Museu Imperial é também um importante centro de pesquisa, abrigando uma das bibliotecas mais completas do país em história do Brasil, com milhares de obras raras e documentos originais.

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O espaço conta ainda com atividades culturais, exposições temporárias e apresentações, como o espetáculo "Som e Luz" que recria episódios marcantes da história do Império.

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O palácio e seus jardins são tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que garantem sua preservação.

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Hoje, o Museu Imperial é considerado um dos museus mais visitados do Brasil, atraindo turistas nacionais e estrangeiros interessados em conhecer de perto a vida da monarquia brasileira.

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O espaço, além de patrimônio histórico, é também um símbolo da cidade de Petrópolis, que nasceu justamente da presença da corte e da construção do palácio.

Foto: Filipo Tardim/Wikimédia Commons

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