O bambu - também chamado de taquara, taboca ou outros nomes regionais no Brasil - é uma gramínea com incrível diversidade: estima-se que existam entre 1.300 e 1.600 espécies no mundo. No Brasil, a riqueza dessa planta é impressionante.
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Segundo a Embrapa, são cerca de 258 espécies distribuídas em 35 gêneros. Outras fontes apontam para 232 espécies nativas, muitas delas endêmicas. Parte significativa da biodiversidade de bambu no Brasil se concentra na Amazônia Sul-Ocidental.
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Isso se dá especialmente nos estados do Acre e Amazonas, onde ocorrem densos bambuzais do gênero Guadua.
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Esses bambus lenhosos podem atingir mais de 30 metros de altura, e desempenham papel ecológico importante, além de apresentarem grande potencial para uso material.
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Historicamente, o bambu já era usado há milênios por civilizações orientais para os mais variados fins: construção de habitações, móveis, utensílios, pontes, embarcações, instrumentos, cercas, drenagem, entre outros.
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Na América do Sul, evidências arqueológicas revelam que povos indígenas já utilizavam o bambu há cerca de 5 mil anos. No Brasil, apesar da enorme diversidade de espécies, seu uso econômico ainda é tímido, em parte por falta de tradição e por lacunas tecnológicas.
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Para fortalecer a cadeia produtiva do bambu, o governo brasileiro e a Embrapa desenvolveram projetos de cooperação tecnológica. Um exemplo é o memorando de entendimento com a China, firmado para estimular pesquisas e transferência de tecnologia sobre bambu.
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Um dos resultados é a propagação de mudas por biorreatores, que permite multiplicar plantas com eficiência e em grande escala, importante para espécies nativas como as do gênero Guadua.
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Além disso, há incentivo institucional para que agricultores familiares adotem o cultivo de bambu, por meio da legislação conhecida como “Lei do Bambu”, que trata a planta como um produto agrícola e abre linhas de financiamento.
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Do ponto de vista ambiental, o bambu pode oferecer muitos serviços: suas raízes ajudam a estabilizar o solo, combater erosão e recuperar áreas degradadas. Ele também tem potencial de absorver carbono.
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No entanto, é importante escolher a espécie correta para maximizar esse efeito, o que nem sempre é tão simples como se afirma popularmente. Porém, há vários mitos e equívocos difundidos sobre o bambu.
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Um deles é a ideia de que plantios comerciais brasileiros seriam imunes a pragas e doenças - o que não é garantido. Outra crença popular afirma que a colheita ideal deve ocorrer em meses sem a letra “r” e na lua minguante.
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Também há mitos sobre métodos “naturais” de preservação, como imersão em água, cozimento no vapor ou uso de óleo de neem, que em estudos não se mostram eficazes a médio e longo prazo.
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Outro uso enganoso do termo “bambu” aparece na indústria têxtil: algumas marcas usam o rótulo “tecido de bambu”, mas o produto é na verdade rayon (viscose) derivado de bambu, produzido por meio de processos químicos e pouco sustentável.
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Do ponto de vista produtivo, apesar das oportunidades, a cadeia nacional do bambu ainda esbarra em desafios. O mercado domesticado no Brasil privilegia poucas espécies exóticas, enquanto muitas nativas - com grande potencial mecânico e ambiental - são pouco exploradas.
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Ainda que existam obstáculos, o bambu emerge como uma alternativa estratégica para regiões degradadas e para a economia verde. Com políticas adequadas, pesquisa e cooperação internacional, ele pode se tornar ainda mais sustentável, unindo tradição botânica, inovação tecnológica e benefício social.
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