Quem foi o "rei do candomblé" no Brasil
Joãozinho da Gomeia fez história na religião e desafiou as práticas tradicionais do candomblé
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Joãozinho da Gomeia
“Rei do candomblé”, “rei negro” e “maior babalorixá do Brasil” são alguns dos apelidos atribuídos a Joãozinho da Gomeia, um nome que mudou a história do candomblé no Brasil. Nascido em Inhambupe, Salvador (BA), sua história na religião começou aos 16 anos de idade.
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Começo
João Alves Torres Filho foi inicialmente apelidado de João da Pedra Preta, devido à sua ligação com um caboclo de mesmo nome. Sua fama crescente atraiu uma grande quantidade de pessoas buscando orientação, o que o levou a procurar um lugar maior para suas atividades.
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Mudança
Em busca de melhores condições econômicas, Joãozinho mudou-se para o Rio de Janeiro em 1946, onde sua fama o seguiu, transformando-o em uma figura célebre ao estabelecer o seu próprio terreiro em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
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Críticas
Em 1956, o pai de santo foi criticado por líderes religiosos por usar trajes femininos em um baile realizado no Teatro João Caetano. No entanto, ele não se abalou com as críticas, pois havia pedido permissão de seu guia espiritual.
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Líder
Um líder que atendia tanto políticos quanto famosos, Joãozinho desafiava as práticas tidas como tradicionais naquela época, alisando os cabelos e incorporando a divindade feminina Iansã.
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Morte
Em 19 de março de 1971, Joãozinho faleceu devido a complicações de um tumor cerebral e problemas cardíacos. “Quando seu corpo chegou à sepultura, no cemitério de Caxias, Estado do Rio, um raio cortou o espaço, e desabou toda a água dos céus, ensopando as três mil pessoas”, disse trecho da revista Manchete.
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Morte
Amado por muitos, o funeral atraiu toda a cidade. Além de familiares e amigos, comerciantes e pessoas que admiravam o líder religioso também se fizeram presentes no sepultamento, realizado no dia 3 de abril daquele ano.
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