Primeira advogada do Brasil foi escravizada e denunciou maus-tratos

Esperança Garcia nasceu na Fazenda Algodões e se casou aos 16 anos de idade

Foto: Reprodução/Wikipedia

Esperança Garcia

Esperança Garcia foi uma mulher negra escravizada no século XVIII. Ela aprendeu a ler e a escrever na Fazenda Algodões, terra de escravizados pertencente aos padres jesuítas. Ela se casou na fazenda aos 16 anos de idade e teve o primeiro filho.

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Maus-tratos

Anos depois, foi separada de sua família e levada para a terra do capitão Antônio Vieira de Couto como escravizada, onde ela e outras pessoas eram severamente maltratadas.

Foto: Reprodução/Instituto Esperança Garcia

Petição

Em 6 de setembro de 1770, ela enviou uma petição ao governador da Capitania do Maranhão, Gonçalo Lourenço Botelho de Castro, denunciando os maus-tratos e abusos que ela e os filhos sofriam, e pedindo que os filhos fossem batizados.

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Documento jurídico

A carta tinha informações jurídicas importantes como identificação e endereço, o que fez ela se tornar um documento jurídico. A petição de Esperança foi encontrada pelo historiador Luiz Mott em 1979.

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Fazenda Algodões

Anos depois, foi encontrado um documento com os nomes dos escravizados da Fazenda Algodões, indicando que ela voltou para lá. O nome de seu marido, Ignacio, também constava no documento.

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Consciência Negra

A data de envio da petição ficou conhecida no Piauí como o Dia Estadual da Consciência Negra, em sua homenagem. Por causa da petição, a OAB do estado criou um dossiê para estudar sua história.

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Homenagem

O Memorial Zumbi dos Palmares de Teresina também ganhou um novo nome após a reforma de 2017, Memorial Esperança Garcia, em sua homenagem. Ela também foi homenageada com a criação do Instituto Esperança Garcia.

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Primeira advogada

Em 2022, ela foi reconhecida pelo Conselho Pleno da OAB como a primeira advogada do Brasil por lutar pelos escravizados, usando a lei da época como base para escrever a petição.

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