Foto: Magno Borges/Agência Mural

“Pessoas intersexo são aquelas que nascem com aspectos biológicos dos dois sexos socialmente constituídos, masculino e feminino, ou que nascem fora desse padrão binário de macho-fêmea”, explica Carolina Iara, 29, covereadora pela Bancada Feminista em São Paulo

Foto: Arquivo pessoal

"Antigamente chamávamos de hermafroditas, mas esse é só um dos tipos de intersexualidade (quando a pessoa nasce com as duas genitálias completas). Existem 48 tipos de estados intersexo, que podem ser hormonais, anatômicos, corporais ou dos cromossomos”

Foto: Katie Rainbow/Pexels

Carolina é uma mulher intersexo, travesti e bissexual. Ela faz parte das letras I, T e B da sigla LGBTQIAPN+, além de ser negra e viver com HIV. Também é a única parlamentar intersexo na América do Sul

Foto: Arquivo pessoal

No Brasil, estima-se que 167 mil pessoas sejam intersexo, apesar de não haver dados precisos sobre isso. O reconhecimento da intersexualidade pode ocorrer no nascimento, durante a puberdade ou, então, nunca ser descoberta

Foto: Matheus Pigozzi/Agência Mural

“Por haver poucas pessoas intersexo que conseguem descobrir sua condição biológica e falar abertamente do assunto, além de uma estrutura social e do próprio movimento que toca quase nada no assunto, faz com que a pauta I seja invisível”, diz Carolina

Foto: Arquivo pessoal

“Acredito que isso só muda se todas as letrinhas da nossa comunidade se envolverem e ajudarem a causa intersexo, tanto convidando para espaços de discussão na sociedade e em espaços de visibilidade, como também aprendendo sobre o assunto”

Foto: Celso Tavares/Reprodução

Por questões estéticas e/ou para “adequar” as pessoas intersexo num padrão binário (masculino ou feminino), crianças e adolescentes acabam passando por intervenções cirúrgicas, o que é considerado mutilação genital

Foto: Matheus Pigozzi/Agência Mural

"Meu sonho é que mais lideranças intersexo floresçam no país, para que a letra I possa falar por si mesma de maneira plural, ao mesmo tempo que também desejo que mais ninguém passe por mutilação genital e cirurgias na infância como eu passei”, relata a covereadora

Foto: Celso Tavares/Reprodução

Carolina cita os/as ativistas Thais Emília e Mônica Porto, da ABRAI (Associação Brasileira Intersexo), e Amiel Vieira, Wyra Potyra, Vidda Guzzo e Sasha como pessoas que buscam trazer destaque à pauta intersexo. “Precisamos ter essas vozes ocupando espaços de visibilidade”, conclui

Foto: Abraintersex/Reprodução/Facebook

Texto: Eduardo Silva Ilustrações: Magno Borges e Matheus Pigozzi Produção: Agência Mural

Foto: Matheus Pigozzi/Agência Mural

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