O que aconteceu com o britânico preso no Catar "por ser gay"?

Manuel Guerrero foi detido após emboscada por meio do app Grindr

Foto: Reprodução/X/QatarFreeManuel

Prisão

Manuel Guerrero Aviña, 44, britânico-mexicano, foi preso no Catar no dia 4 de fevereiro. Segundo a imprensa do México e Reino Unido, ele foi detido após responder a uma mensagem falsa no Grindr, app de relacionamento utilizado por pessoas LGBTQIA+.

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Liberdade provisória

Após mais de 40 dias preso, em 18 de março um juiz do Catar concedeu a Manuel a liberdade provisória. No entanto, ele não pode sair do país.

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Processo criminal

Ativistas pelos direitos humanos e familiares de Manuel, que é ex-funcionário da British Airways, acusaram as autoridades do país de plantar provas contra ele para manter o seu processo criminal, cuja primeira audiência ocorreu em 22 de abril.

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Posse de drogas

Manuel foi acusado pela polícia catari por posse de drogas, o que serviria para encobrir a detenção arbitrária da qual foi vítima, segundo a família. “Catar fabrica a acusação de posse e uso de drogas contra Manuel Guerrero para continuar criminalizando-o por ser gay e viver com HIV”, disse Enrique Guerrero, irmão dele.

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Tortura

Enquanto estava na prisão, Manuel não teve acesso a um advogado nem a um tradutor. Em nota à imprensa, a mobilização #QatarMustFreeManuel, que pede a anulação do julgamento, diz que o britânico foi torturado e preso arbitrariamente devido à sua orientação sexual.

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HIV

Além disso, denunciam também que Manuel não recebeu seus medicamentos antirretrovirais para o HIV. Ele também estaria sendo obrigado a assistir a punição de outros presos, os quais receberam chibatadas.

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Julgamento

Pelo crime de posse de drogas, Manuel pode ter pena entre 6 meses a três anos de prisão. Segundo a Comissão Manuel Guerrero, o juiz ainda precisa definir a data de uma nova audiência. A defesa do mexicano solicitará a sua extradição para o México ou Reino Unido. Enquanto isso, ele continua no Catar.

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