Greve de Enola Holmes 2 aconteceu de verdade

Protesto das matchgirls mudou trabalho operário feminino na Inglaterra

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O filme

"Enola Holmes 2" mostra a irmã mais nova de Sherlock Holmes tentando levar adiante a própria agência de detetives. Interpretada por Millie Bobby Brown, a personagem enfrenta obstáculos como o machismo da Londres vitoriana.

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Primeiro caso

Enola é contratada para resolver o desaparecimento de Sarah Chapman (Hannah Todd), operária de uma fábrica de palitos de fósforo que realmente existiu e foi uma peça fundamental no que entrou para a história como a greve das matchgirls, em 1888.

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Sarah Morgan

Aos 19 anos, Sarah trabalhava com sua mãe e sua irmã mais velha na fábrica de fósforos Bryant & May, que empregava majoritariamente mulheres. A jornada de trabalho abusiva e as condições insalubres do local a levaram a iniciar e liderar a paralisação que ficou conhecida como "greve das matchgirls", a greve das "garotas do fósforo".

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Saúde fragilizada

As operárias da fábrica trabalhavam até 14 horas por dia e algumas sofriam de uma condição conhecida como mandíbula fóssil, causada pelo manuseio do fósforo branco no local. O fósforo no ar também contaminava os alimentos. Pelas condições, muitas mulheres também contraíam tifo.

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Annie Besant

Criadora do jornal "The Link", a socialista britânica Annie Besant usou Sarah Chapman como fonte no artigo "Escravidão Branca em Londres'", de 1888, em que expôs os abusos da Bryant & May. Ela também ajudou a organizar o movimento das matchgirls.

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Greve e sindicato

Após recusarem assinar uma declaração rejeitando as reivindicações, cerca de 1400 mulheres e meninas deixaram a fábrica no dia 5 de julho de 1888. O sucesso do movimento inspirou operárias de outras fábricas a buscarem seus direitos e inspirou a criação de um sindicato feminino.

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Legado

A Bryant & May foi à falência em 1908 e a utilização do fósforo branco passou a ser proibida em fábricas. Sarah Chapman morreu aos 83 anos de idade e ao longo da vida permaneceu uma grande defensora dos direitos das mulheres.

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Poder feminino

Em entrevistas, o diretor Harry Bradbeer explicou que a interação entre Enola Holmes e Sarah Chapman no filme foi uma forma de reforçar o senso de irmandade e coletividade do poder feminino. A história das matchgirls é contada nas cenas pós-créditos.

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