Os videogames são parte da cultura popular, com uma atração inegável entre as gerações mais jovens. Mas essa mídia muitas vezes é incompreendida e acaba sendo alvo de polêmicas. No Brasil, há muita discussão sobre jogos e violência, mas em outros países, games populares já foram proibidos por outros motivos. Conheça alguns dos casos mais famosos!
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Fallout 3
O RPG Fallout 3, da Bethesda, se passa em um futuro arruinado pela guerra nuclear entre EUA e China, com o jogador no papel de um sobrevivente recém-saído de um abrigo para explorar as ruas de Washington. O jogo foi proibido na Índia por causa de um animal, o Brahmin, uma vaca mutante com duas cabeças. A vaca é um animal sagrado no país, e o nome usado no jogo é uma referência ao Hinduísmo, a religião mais praticada na Índia. Além do jogador poder matar vacas, a 'homenagem' duvidosa não pegou nada bem.
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Crash Bandicoot 2
O segundo jogo do marsupial Crash Bandicoot foi um sucesso no primeiro PlayStation, com suas desafiadoras fases de plataforma modeladas em 3D poligonal. Mas uma animação na versão original do game causou sua proibição no Japão em 1997: a cena mostrava o corpo de Crash sendo esmagado e o marsupial virava uma cabeça flutuante. Naquele ano, uma criança decepou a cabeça de outra em uma situação trágica que teve bastante destaque na mídia. O jogo foi removido das lojas até a animação ser alterada.
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South Park
O RPG baseado no popular (e sempre polêmico) desenho animado South Park, The Stick of Truth, foi classificado como 'para maiores de 18 anos' na Austrália, um dos países com a classificação indicativa mais severa do mundo. Esse selo praticamente impedia que o game fosse colocado nas lojas. O motivo: uma cena que envolvia 'violência sexual contra menores'. O estúdio precisou remover a cena e, em seu lugar, entrou apenas uma explicação do que aconteceu na situação.
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The Sims 4
Em 2017, o Uzbequistão aprovou uma lei que baniu a venda de 34 jogos digitais, entre eles The Sims 4. O popular simulador de vida da EA foi classificado, junto com outros títulos, como 'usado para propagar violência, pornografia, ameaçar a segurança e estabilidade social e política'. O público não concordou com a avaliação, que realmente não fazia sentido, e protestou contra o governo por não focar nos problemas reais do país.
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Wolfenstein
A franquia Wolfenstein é uma das mais tradicionais no mundo dos games e estabeleceu o gênero dos jogos de tiro, com seu herói B.J. Blaskowicz detonando nazistas em tiroteios explosivos. O jogo foi banido na Alemanha, onde a exposição de símbolos nazistas e imagens de Hitler é crime. Para chegar às lojas, a versão alemã de Wolfenstein teve que remover todas as suásticas do cenário e dos inimigos, além do bigode do seu vilão principal.
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GTA IV
O Brasil tem um histórico de proibir jogos eletrônicos, muitas vezes após incidentes violentos. Porém, GTA IV foi banido das lojas nacionais por outro motivo, bem mais concreto: a música 'Joga o Dedinho pro Alto', funk do MC Miltinho, foi incluida na expansão The Ballad of Gay Tony sem autorização do artista mirim. Uma ação da família de MC Miltinho levou a remoção do game das lojas no país (e no mundo) até a Rockstar pagar os direitos ou retirar a música das rádios do game.
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Pokémon GO
O popular jogo para celular Pokémon GO foi uma febre mundial, com jogadores indo para as ruas caçar monstrinhos. O fenômeno mobile acabou banido na Malásia, por um motivo curioso: segundo o governo local, o jogo 'promove a busca por poder' e seria prejudicial para os jovens. A decisão causou revoltas e, eventualmente, a Malásia voltou atrás da decisão e aceitou o retorno do jogo ao país.
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Mario Kart Tour
O jogo de corrida Mario Kart, da Nintendo, parece inocente demais para ser banido em qualquer lugar, mas a versão para celular Mario Kart Tour foi proibida na Bélgica em 2018. Assim como outros países da União Europeia, a Bélgica classificou 'loot boxes' como jogos de azar naquele ano e proibiu qualquer game com esse sistema de ser comercializado em seu território, para o azar dos fãs do jogo de kart.
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Animal Crossing
Um dos jogos mais populares nos primeiros meses da pandemia de Covid-19, Animal Crossing: New Horizons permite que os jogadores cuidem de uma pacata ilha habitada por bichinhos. É um jogo de 'fazendinha' com elementos sociais e muitas opções para personalizar a aparência, e jogadores usaram isso para publicar mensagens contrárias ao governo da China. O governo local não gostou e decidiu proibir completamente o acesso ao jogo da Nintendo no país.
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