Tom Cruise é o primeiro ator a tocar no letreiro de Hollywood

Tom Cruise tornou-se o primeiro ator a tocar o icônico letreiro de Hollywood, uma espécie de símbolo da indústria do cinema americano. Ele postou imagens em sua rede social.

Foto: Reprodução Instagram Tom Cruise

A informação foi divulgada após a participação do ator no encerramento dos Jogos Olímpicos de Paris, na França, por Jeff Zarrinnam, presidente do Hollywood Sign Trust, em entrevista à NBC Los Angeles.

Foto: Reprodução Instagram Tom Cruise

“Normalmente, quando há filmagens aqui, ninguém tem permissão para tocar no letreiro de Hollywood. Essa foi a primeira vez que o letreiro de Hollywood foi realmente tocado”, afirmou. O vídeo foi gravado em março de 2024 para fazer parte da participação de Tom na cerimônia de encerramento das Olimpíadas.

Foto: Reprodução Instagram Tom Cruise

O letreiro de Hollywood, que completou 100 anos em 1923, é um marco e ícone cultural americano com vista para Hollywood, Los Angeles, Califórnia. Ele está situado no Monte Lee, na área de Hollywood Hills nas montanhas de Santa Mônica.

Foto: Letreiro de Hollywood - Bobbeecher/Wikimédia Commons

Ele foi escrito em letras maiúsculas brancas de 45 pés (13,7 m) e 350 pés (106,7 m) de comprimento. Além disso,o marco foi criado em 1921 e oficialmente inaugurado em 13 de julho de 1923 como peça publicitária da Câmara do Comércio.

Foto: Letreiro de Hollywood - Caleb George/Wikimédia Commons

Com isso, as 40 mil lâmpadas que o adornavam começaram a iluminá-lo em segmentos, alternadamente, o que os habitantes puderam realmente ler na encosta do Monte Lee foi: Hollywoodland.

Foto: Scott Catron/Wikimédia Commons

A priori, o letreiro foi erguido para vender casas de um condomínio. A ideia inicial era que ele ficasse lá por um ano e meio, mas acabou se tornando um símbolo da cidade.

Foto: Letreiro de Hollywood - Flickr Bryan Chernick

Virado para o sul, o letreiro se estende sobre uma cordilheira de quase 570 metros que separa Hollywood e boa parte de Los Angeles do Vale de San Fernando, ao norte.

Foto: Letreiro de Hollywood - Flickr Cleo McCall

Em 2002, o terreno de 55 hectares, localizado no Cahuenga Peak, foi posto no mercado pelos administradores da herança de Howard Hughes, dono do local desde a década de 1940.

Foto: Flickr Michelle de Lazari Ferreira

Foi isso que os incorporadores imobiliários Tracy Shoults e Sydney Woodruff encomendaram ao proprietário da empresa de sinalização Crescent, Thomas Fisk Goff.

Foto: Flickr Gordon Haws

Eles tinham um novo projeto imobiliário para promover. Um eclético empreendimento semi luxuoso nas colinas do bairro conhecido como Hollywood,

Foto: Flickr KarlaLA

O empreendimento era financiado por alguns dos empresários mais poderosos da época. Os magnatas das ferrovias Eli Clark e Moses Sherman e o proprietário do poderoso jornal Los Angeles Times, Harry Chandler.

Foto: Flickr Marcin Wichary

Hollywoodland foi o nome dado a esse grupo de casas em quatro estilos específicos.: tudor ou inglês medieval, francês-normando, mediterrâneo e colonial-espanhol. Era digno de uma história ambientada no chamado "velho mundo", apresentado como "o reino da alegria e saúde".

Foto: Imagem de 12019 por Pixabay

Foi idealizado como um local "longe do turbilhão da existência humana", "a conquista suprema na construção comunitária", o ambiente ideal para "proteger a sua família e garantir a sua felicidade".

Foto: Imagem de Peter Thomas por Pixabay

Esses foram os termos destacadosvpor anúncios publicados no LA Times, como afirma em seu livro The Hollywood Sign: Fantasy and Reality of an American Icon (O letreiro de Hollywood: fantasia e realidade de um ícone americano) o professor universitário e historiador cultural Leo Braudy.

Foto: Imagem de 466654 por Pixabay

Na época, Los Angeles era uma metrópole com mais de meio milhão de habitantes e 106 mil veículos registrados. Número que, segundo a Administração Rodoviária Federal (FHWA), ultrapassaria os 800 mil até ao final da década.

Foto: Imagem de Mattia Verga por Pixabay

Nos anos subsequentes, com a ascensão do cinema americano, principalmente em Los Angeles, o letreiro acabou ficando mundialmente famoso por aparecer em diversos filmes. Isso fez com que a prefeitura optasse por deixá-lo por lá.

Foto: Imagem de Andrzej por Pixabay

Na ocasião, 80% da produção cinematográfica mundial teria seu epicentro em Hollywood. "Esse foi o eixo da estratégia para promover a urbanização, e o letreiro luminoso no topo do cânion Beachwood foi a última de suas peças", disse o professor Braudy à BBC Mundo 

Foto: Imagem de Andrzej por Pixabay

O desenho original do letreiro foi obra do jovem publicitário John D. Roche. Depois, optou-se por modernizá-lo com uma tipografia sem serifa, muito distante das formas sinuosas do estilo art nouveau.

Foto: Imagem de FlyBoyHotMike por Pixabay

"Trabalhadores mexicanos fixaram cada letra em postes telefônicos levados ao local por mulas, completando em 60 dias tarefas que custaram US$ 21 mil (o equivalente a US$ 250 mil hoje, ou R$ 1,2 milhão)", escreve Braudy, professor da Universidade do Sul da Califórnia, em seu livro.

Foto: Imagem de John Acheii por Pixabay

Episódios trágicos ajudaram para que o letreiro se transformasse em emblema, como o suicídio em 1932 da jovem Peg Entwistle, que a mídia noticiou como o de uma atriz atormentada por sua carreira. Ela tirou a vida pulando do letreiro e tinha apenas 24 anos.

Foto: Cortesia do Hollywood Sign Trust

"Não importa quais foram as suas motivações, ela pode ter sido a primeira a compreender o letreiro como um símbolo e a torná-lo uma parte dramaticamente explícita da sua biografia", diz Braudy no seu livro.

Foto: Reprodução de jornal

As letras "LAND" foram removidas em 1949, mas antes, em 1939, o letreiro ficou abandonado e se deteriorou, não sendo destruído por pouco. Ele foi projetado originalmente para ficar em pé somente por 18 meses e não passou por nenhuma reforma por décadas, entrando num estado de total decadência.

Foto: Cortesia do Hollywood Sign Trust

O Conselho do Patrimônio Cultural de Los Angeles declarou o letreiro como monumento oficial nº 111, em 1973. No final daquela década, a Câmara de Comércio de Hollywood entendeu que a placa exigia uma reconstrução completa, estimada em um quarto de milhão de dólares.

Foto: Etapas da reconstrução do letreiro de Hollywood em 1978 - Cortesia do Hollywood Sign Trust

Entre nomes que ajudaram, estão Hugh Hefner, fundador da revista Playboy e o roqueiro Alice Cooper, porém vários nomes importantes também contribuíram para a reconstrução. Assim, as novas letras possuem 13,7 m de altura e variam entre 9,4 m e 12 m de largura.

Foto: Instagram @hollywoodsigntrust

O que mais contribuiu para tornar o letreiro um emblema foi sua aparição em filmes como Terremoto (1974), O Dia dos Gafanhotos (1975) e Superman: O Filme (1978).

Foto: - Instagram @hollywoodsigntrust

A obra foi concluída em menos de três meses e custou cerca de US$ 250 mil, em valor atual – ou R$ 1,2 milhão). Para evitar qualquer tipo de alteração, o letreiro hoje está cercado por arame farpado, câmeras de vigilância e sensores de movimento.

Foto: Venti Views em Unsplash

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Foto: Reprodução Instagram Tom Cruise