Gonzaguinha faria 80 anos: cantor marcou a música brasileira e sua morte precoce causou comoção

O dia 22 de setembro de 2025 marcou os 80 anos de nascimento de Gonzaguinha, que morreu em 1991.

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Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior nasceu em 1945, no Rio de Janeiro, e viria a ser conhecido como Gonzaguinha, um dos mais expressivos compositores e cantores da música popular brasileira.

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Embora oficialmente registrado como filho de Luiz Gonzaga, ele não era filho biológico do Rei do Baião.

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Sua mãe, Odaleia Guedes dos Santos, cantora no programa Dancing Brasil, faleceu precocemente de tuberculose, quando Gonzaguinha era criança.

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Ele foi criado pelos padrinhos, o casal Leopoldina de Castro Xavier e Henrique Xavier Pinheiro, no Morro de São Carlos, no bairro do Estácio, na capital fluminense.

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Ele teve contato com o ambiente musical desde cedo, especialmente pela proximidade com o padrinho, que era violonista. Aos 14 anos, compôs sua primeira canção, “Lembranças da Primavera”.

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Aos 16 anos, foi morar com Luiz Gonzaga na Ilha do Governador para estudar, demonstrando um primeiro esforço de aproximação com o pai, seja geográfica ou simbólica. Mais tarde, estudou Economia na Universidade Candido Mendes, mas nunca exerceu a profissão.

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Nos anos 1960 e início dos 1970, Gonzaguinha começou a se envolver profundamente com a cena cultural do Rio de Janeiro.

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Amizades com artistas como Ivan Lins e participação no Movimento Artístico Universitário - fundado com figuras como Aldir Blanc, Marcio Proença, Paulo Emílio e César Costa Filho - foram decisivas para sua formação artística. O MAU funcionou como espaço de experimentação musical, crítica social e articulação de resistência cultural em meio ao regime militar.

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A música de Gonzaguinha logo se caracterizou pela atitude crítica e engajada, com canções de protesto. Ele teve várias canções censuradas pelo Departamento de Ordem Política e Social, o DOPS, órgão do governo militar.

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Uma delas foi “Comportamento Geral”, que se tornou símbolo de sua interlocução firme com os dilemas sociais e políticos da época.

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Em seus primeiros anos, o timbre vocal, as letras contundentes e a postura que muitos viam como “difícil” ou “áspera” lhe renderam apelidos como “cantor rancor”. Canções como “Piada Infeliz” e “Erva Rasteira” expressavam essa faceta.

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Com o avanço do processo de abertura política nos anos finais da ditadura, Gonzaguinha expandiu seu repertório não apenas em termos musicais, mas também de tom, linguagem e alcance.

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Ele compôs canções mais acessíveis, tanto melódica quanto emocionalmente, que dialogavam com o público em temas como amor, esperança e desejo de mudança, incluindo gêneros como samba e bolero.

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Sucessos como “Recado”, “Explode Coração” - grande sucesso na voz de Maria Bethânia -, “Sangrando”, “Eu Apenas Queria Que Você Soubesse”, “O Que É, o Que É?”, entre outros, tornaram-se peças centrais de sua discografia.

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Cantores como Fagner, Maria Bethânia, Elis Regina, Simone, Gal Costa, Zizi Possi, Alcione e Joanna gravaram composições suas, o que ajudou a ampliar seu público e consolidar seu lugar no cânone da música brasileira.

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A sua busca por liberdade artística se manifestou em 1986 com a criação do selo Moleque, por meio do qual lançou dois discos: “Corações Marginais”, de 1988, e “Luizinho de Gonzagão Gonzaga Gonzaguinha”, de 1990.

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A discografia de Gonzaguinha se estendeu de 1973 até 1990 com álbuns de estúdio que marcaram cada fase de sua produção.

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Alguns títulos emblemáticos incluem “Plano de Vôo”, “Começaria Tudo Outra Vez”, “Recado”, “Gonzaguinha da Vida”, “De Volta ao Começo”, “Corações Marginais” e “Luizinho de Gonzagão Gonzaga Gonzaguinha”.

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Na vida pessoal, Gonzaguinha viveu períodos marcantes de afetos e laços familiares complexos. Ele foi casado com Ângela Porto Carneiro, com quem teve dois filhos, Daniel e Fernanda, a cantora Nanan Gonzaga.

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Gonzaguinha também é pai da cantora e atriz Amora Pêra, nascida da relação com a também cantora e atriz Sandra Pêra - na foto. Sua filha mais nova, Mariana, nasceu da união com Mariana Louise Margarete Martins, a Lelete, com quem viveu em Belo Horizonte nos últimos doze anos de sua vida.

Foto: Ana Alexandrino/Divulgação

Tragicamente, a vida de Gonzaguinha foi interrompida aos 45 anos por um acidente automobilístico em 29 de abril de 1991. Ele estava em uma estrada no sudoeste do Paraná, entre Renascença e Marmeleiro, voltando de um show em Pato Branco, quando seu carro colidiu com uma caminhonete.

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