Glauber Rocha: obras do cineasta serão restauradas em 4K com apoio do BNDES

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um investimento de R$ 2 milhões para a restauração, em resolução 4K, de três títulos da filmografia do diretor Glauber Rocha.

Foto: Reprodução do Flickr Branca Dias

Os filmes contemplados são o documentário “História do Brasil” (1974) e os curtas-metragens “Amazonas, Amazonas” (1966) e “Di Glauber” (1977), ou “Di Cavalcanti Di Glauber”, registro realizado pelo próprio diretor durante o velório do artista plástico Di Cavalcanti.

Foto: Reprodução do Flickr Branca Dias

Atualmente sob a guarda da Cinemateca Brasileira, o acervo de Glauber Rocha deverá receber novas cópias das obras após a conclusão do restauro. A proposta é que os filmes voltem a circular em festivais nacionais e internacionais, além de integrarem a mostra BNDES Glauber Rocha, prevista para acontecer em São Paulo.

Foto: Reprodução do Flickr Branca Dias

Glauber Rocha nasceu em 14 de março de 1939, em Vitória da Conquista, no interior da Bahia, e construiu uma trajetória que o tornaria um dos nomes centrais da história do cinema brasileiro.

Foto: Reprodução do Flickr Branca Dias

Cineasta, escritor e ator, ele também teve passagem pelo jornalismo, especialmente como crítico de cinema, após abandonar o curso de Direito no início da década de 1960.

Foto: Reprodução do Facebook Glauber Rocha

Ao longo dos anos, foi consagrado como uma figura decisiva na renovação da linguagem cinematográfica nacional, sendo reconhecido como o principal expoente do Cinema Novo, movimento que marcou profundamente o cinema brasileiro nas décadas de 1960 e 1970.

Foto: Divulgação

Glauber mudou-se ainda criança para Salvador, em 1947. Desde cedo, demonstrou inclinação para as artes, escrevendo textos e atuando em peças teatrais.

Foto: Reprodução do Flickr Bonjour Cinéma

Sempre provocador, Glauber defendia um cinema comprometido com a realidade brasileira e com uma nova estética, capaz de romper com modelos considerados importados ou alienados.

Foto: Reprodução do Flickr rui gonçalves1

Sua postura política e artística o colocou em conflito com o regime militar instaurado no Brasil em 1964, que passou a vê-lo como uma figura subversiva. Em 1971, em meio ao endurecimento da ditadura, Glauber deixou o país e fixou residência em Portugal, vivendo no exílio.

Foto: Reprodução do Flickr Dustin Chang

Ao longo da carreira, Glauber Rocha realizou diversos curtas-metragens, participou ativamente do movimento cineclubista e chegou a fundar uma produtora cinematográfica.

Foto: Reprodução do Youtube

No total, assinou 18 filmes. Seu primeiro curta, “O Pátio”, foi realizado em 1959, seguido por “Cruz na Praça”, em 1960.

Foto: Reprodução do Youtube

O primeiro longa-metragem veio em 1962, com “Barravento”, obra que lhe rendeu reconhecimento internacional ao ser premiada no Festival de Karlovy Vary, na antiga Tchecoslováquia.

Foto: Divulgação

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Foto: Reprodução do Flickr Branca Dias