Drauzio Varella move processo contra a Meta por propagandas falsas com sua imagem

Foto: Reprodução de vídeo TV Globo

O “Fantástico”, da TV Globo, revelou como criminosos vêm se apropriando indevidamente da imagem de médicos, como Drauzio Varella, e outras personalidades públicas para dar aparência de legitimidade a anúncios fraudulentos nas redes sociais.

Foto: Reprodução de vídeo TV Globo

Drauzio Varella é a personalidade mais mencionada nessas peças falsas que prometem tratamentos milagrosos, com curas rápidas, explorando a confiança do público em figuras conhecidas.

Foto: Reprodução de vídeo TV Globo

“Existe um curso dado pela internet para ensinar os falsários a imitar a minha voz por inteligência artificial e a criar as imagens para vender remédios falsos", disse Drauzio, que entrou com processo na Justiça contra a Meta - controladora de Facebook, Instagram e Whatsapp - por não impedir que essas propagandas falsas sejam veiculadas.

Foto: Reprodução de vídeo TV Globo

"Fui obrigado a contratar um escritório de advocacia para tentar tirar do ar essas propagandas porque a gente tentava explicar, olha, isso aí é absurdo, eles não davam nem bola nem respondiam, você mandava um e-mail explicando que aquilo era falso, eles nem não se davam o trabalho de responder", afirmou o médico.

Foto: Reprodução de vídeo TV Globo

“Toda vez que você vir meu nome ligado a um medicamento, é mentira. Cai fora, porque isso é golpe", recomenda Drauzio, que também ressaltou que o Código de Ética Médica proíbe profissionais da área de fazer propaganda de medicamentos.

Foto: Reprodução de vídeo TV Globo

Nascido em São Paulo, em 3 de maio de 1943, Antônio Drauzio Varella construiu uma das trajetórias mais reconhecidas da medicina brasileira ao unir atuação científica, trabalho clínico, produção intelectual e comunicação direta com o grande público.

Foto: Arquivo Pessoal

Médico oncologista formado pela USP, onde foi aprovado em segundo lugar no vestibular, ele se destaca não apenas pela carreira acadêmica e hospitalar, mas também pela capacidade de traduzir temas complexos da saúde em linguagem acessível, tornando-se uma das principais referências na popularização da informação médica no país.

Foto: Reprodução do Flickr Fernando Willadino

Ainda no início da década de 1970, Drauzio Varella passou a atuar na área de moléstias infecciosas ao lado do professor Vicente Amato Neto, no Hospital do Servidor Público de São Paulo.

Foto: Reprodução do Flickr Davidyson Damasceno

Ao longo dos anos seguintes, consolidou sua atuação em instituições de peso, dirigindo por duas décadas o serviço de imunologia do Hospital do Câncer de São Paulo e comandando, entre 1990 e 1992, o serviço de câncer do Hospital do Ipiranga.

Foto: Reprodução do Flickr Davidyson Damasceno

Além da oncologia, Drauzio teve papel pioneiro no Brasil nos estudos sobre a síndrome da imunodeficiência adquirida (HIV). Em 1989, iniciou um trabalho que marcaria profundamente sua trajetória ao atuar como médico voluntário no presídio do Carandiru, onde investigou a prevalência do vírus entre os detentos e desenvolveu ações de prevenção e conscientização.

Foto: Reprodução do Flickr Gil Ferreira/Agência CNJ

Ele permaneceu no local até 2002, ano da desativação do presídio, e chegou a idealizar iniciativas educativas, como a criação de uma revista em quadrinhos voltada à prevenção da Aids no ambiente carcerário.

Foto: Reprodução do Flickr Fórum de Justiça da Comarca de São Gabriel da Cachoeira

Ao mesmo tempo, tornou-se uma voz ativa na defesa da medicina baseada em evidências, posicionando-se de forma crítica em relação a práticas de medicina alternativa sem comprovação científica.

Foto: Reprodução do Flickr Fernando Willadino

A partir da segunda metade da década de 1980, Drauzio ampliou sua presença nos meios de comunicação. Iniciou campanhas educativas no rádio para esclarecer a população sobre a Aids e suas formas de prevenção e, mais tarde, consolidou-se como um dos principais divulgadores de temas de saúde na televisão.

Foto: Reprodução Instagram

Na TV Globo, tornou-se conhecido nacionalmente por seus quadros no programa “Fantástico”, abordando assuntos como funcionamento do corpo humano, tabagismo, obesidade, gravidez, primeiros socorros e transplante de órgãos.

Foto: Reprodução do Instagram @sitedrauziovarella

Paralelamente à medicina e à comunicação, Drauzio Varella construiu uma sólida carreira como escritor. Em 1999, lançou “Estação Carandiru”, livro em que relata sua experiência como médico no presídio, obra que se tornou best-seller, venceu o Prêmio Jabuti de não ficção em 2000 e foi adaptada para o cinema em 2003, sob direção de Hector Babenco.

Foto: Reprodução de vídeo TV Globo

Sua produção literária inclui ainda títulos como “Nas ruas do Brás”, “Por um Fio", "O Médico Doente", “Carcereiros”, “Prisioneiras” e “Correr”, no qual mistura informações médicas com relatos pessoais sobre a prática da corrida, atividade que mantém há décadas como parte essencial de sua rotina de saúde.

Foto: - Reprodução do X @drauziovarella

Drauzio Varella também conduz, na região do Rio Negro, um projeto de bioprospecção de plantas brasileiras, com o objetivo de obter extratos naturais para testes experimentais no combate ao câncer e a bactérias resistentes a antibióticos. Essa experiência rendeu histórias que ele descreve no livro "O sentido das águas: Histórias do Rio Negro", lançado em 2025.

Foto: Divulgação

Drauzio Varella é casado com a atriz Regina Braga, com quem está junto há mais de quatro décadas. O médico tem duas filhas, Mariana e Letícia, frutos de um casamento anterior.

Foto: Reprodução do Instagram @reginabragaoficial

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Foto: Reprodução de vídeo TV Globo