Ficaram na memória: Desfiles inesquecíveis de escolas de samba
Foto: gresasc wikimedia commons
No universo das escolas de samba, existem desfiles que são tão marcantes que tornam-se referências para a agremiação. E ficam para sempre na memória. Vamos relembrar, então, desfiles que costumam ser mencionados como inesquecíveis para as escolas
Foto: gresasc wikimedia commons
"Explode coração! / Na maior felicidade! / É lindo o meu Salgueiro! / Contagiando, sacudindo essa cidade" . O refrão, que fez um sucesso enorme na voz de Quinho no Salgueiro campeão de 1992, já diz tudo. Até hoje é cantado no carnaval de rua e nas arquibancadas de estádios de futebol.
Foto: Sebastião Marinho - wikimedia commons
A alegria extasiante de "Bumbum Praticumbum Prugurundum" alçou o Império Serrano ao campeonato indiscutível de 1982. Não teve pra ninguém na Sapucaí. A avenida tremeu. E o samba até hoje é cantado como símbolo da agremiação.
Foto: Anibal Philot - wikimedia commons
No mesmo ano, a Beija-Flor ficou em 2º lugar com um desfile antológico, em que colocou fantasias de mendigos na avenida. Joãosinho Trinta surpreendeu com "Ratos e Urubus, larguem minha fantasia". E a alegoria coberta por causa da censura à imagem de Cristo na Sapucaí entrou para a memória coletiva..
Foto: Igmann Phill Rio Sambodrome 2 - wikimedia commons
Dois anos antes de morrer, o lendário carnavalesco Fernando Pinto fez um de seus maiores carnavais. Era 1985 e o enredo "Ziriguidum 2001" fez a Mocidade entrar no século XXI com uma viagem ao espaço sideral. Alegorias em forma de discos voadores foram uma atração e tanto.
Foto: Eurico Dantas wikimedia commons
"Quem Nunca Sentiu o Corpo Arrepiar Ao Ver Esse Rio Passar" foi a emoção vivida pela Portela, campeã em 2017 após 33 anos de jejum. O carnavalesco Paulo Barros idealizou um desfile sobre as lendas dos rios, que caiu como luva para a maior campeã do carnaval carioca, que passou a somar 22 títulos.
Foto: Divulgação Fernando Frazão Agência Brasil
Em 2002, com um enredo vibrante que enalteceu as belezas e a cultura do Nordeste, a Mangueira não deu chance a ninguém. "Brasil com Z é pra Cabra da Peste, Brasil com S é a Nação do Nordeste" deu à verde e rosa seu 18º título na história. E que sambão! E que voz do inesquecível Jamelão!
Foto: Ricardo Leoni wikimedia commons
O inovador carnavalesco Paulo Barros revolucionou o carnaval na Sapucaí com o carro do DNA no enredo sobre os avanços da Ciência em 2004. Ele apostou todas as fichas em alegorias humanas, com coreografias que tornavam os carros "vivos". Sucesso esplendoroso.
Foto: Widger Frota wikimedia commons
Quem não lembra do refrão da União da Ilha em 1989? "Eu vou tomar um porre de felicidade Vou sacudir, eu vou zoar toda cidade". O desfile "Festa Profana" rendeu o 3º lugar à simpática escola carioca, uma das mais queridas do grande público. Mas eternizou um dos sambas mais animados e tocados de todos os tempos. Pura explosão!
Foto: Ricardo Leoni wikimedia commons
2018 foi um ano inesquecível para a Paraíso do Tuiuti. A modesta escola comemorou como título o vice-campeonato, apenas um décimo atrás da Beija-Flor. Um desempenho histórico para a azul e amarela que arrasou na avenida com o enredo "Meu Deus, Meu Deus, Está Extinta a Escravidão". E com mulher puxando o samba: a bela Grazzi Brasil.
Foto: Marcelo O'Reilly wikimedia commons
Em 2020, a Viradouro foi a campeã com o enredo "Viradouro de Alma Lavada". E a escola de Niterói lavou mesmo a alma, abocanhando o seu segundo título e quebrando um jejum de 23 anos sem vitória.
Foto: Grégory Duval wikimedia commons
Em São Paulo, também, muita criatividade e beleza. Em 2014, a Mocidade Alegre conquistou o título de tricampeã com um desfile que abordou a fé, a religiosidade e o sobrenatural. Os foliões mergulharam no sentimento e eram verdadeiros atores na apresentação.
Foto: Divulgação Marcos Lins SP Turis / Agência Brasil
Em 2011, a Vai-Vai conquistou o Anhembi com uma homenagem ao maestro e pianista João Carlos Martins. Apesar de problema de mobilidade numa das mãos, ele enfrentou a dificuldade e é respeitado mundialmente pelo talento e pelo exemplo de superação. A bateria ousou unindo o batuque tradicional ao som de violinos.
Foto: Reprodução YouTube SRZD
A Acadêmicos do Tucuruvi pediu passagem e mostrou com estilo, em 2013, a trajetória de "Mazzaropi, o adorável caipira, 100 anos de alegria", uma lembrança em azul e branco do comediante brasileiro (1912-1981) que marcou o cinema.
Foto: Reprodução TV Globo
O Império de Casa Verde renasceu em 2016, numa apresentação à altura dos desfiles grandiosos de 2005-2006 que haviam lhe garantido o bicampeonato. E abocanhou mais um título exibindo os mistérios da humanidade. Os tigres gigantescos do carro alegórico foram um grande destaque num desfile repleto de beleza e criatividade.
Foto: Divulgação Rafael Neddermeyer Agência Brasil
A escola Dragões da Real se inspirou no clássico "Asa Branca", de Luiz Gonzaga, e misturou samba e baião no Anhembi. Deu liga! O enredo mostrou em 2017 a vivacidade do Nordeste Brasileiro.
Foto: Reprodução YouTube TV Globo
O Maranhão foi o tema da Acadêmicos do Tatuapé em 2018 no desfile que marcou a estreia do carnavalesco Wagner Santos, que é maranhense. Um espetáculo de criatividade e brilho, valorizado ainda mais pela bateria que fez paradinhas ao ritmo de reggae.
Foto: Divulgação LigaSP Agência Brasil
Em 1995, a Gaviões da Fiel cantou "Me dâ mão, me abraça. Viaja comigo pro céu". E foi mesmo uma viagem e tanto. Primeiro título da escola e a consagração de um samba que até hoje é um dos maiores ícones do carnaval paulista. Showzaço!
Foto: Reprodução YouTube Corinthians Campeão dos Campeões
"Oxalá salve a princesa! A saga de uma guerreira negra" foi o enredo da Mancha Verde em 2019. A escola retratou a beleza da África, lembrou do tráfico negreiro e exaltou a princesa Aqualtune, avó de Zumbi. Faturou o primeiro título de sua história no Grupo Especial.
Foto: Divulgação Marcelo Messina Liga SP Agência Brasil
A Águia de Ouro arrebatou o público ao lembrar do talento do sambista João Nogueira (1941-2000 - no detalhe) no desfile de 2013. O filho dele, o cantor Diogo Nogueira(foto), foi destaque e se emocionou com a lembrança do pai.
Foto: Divulgação SPTuris/ Montagem Flipar divulgação
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Foto: gresasc wikimedia commons