Qual a culpa da China no risco de extinção dos jumentos? Descubra essa ligação
O Brasil está passando por uma redução assustadora do número de jumentos. Em 1996, eram 1,37 milhão de animais. Hoje, são 78 mil.
Foto: Felipe Balbino wikimedia commons
O motivo é o abate dos jumentos para uso do colágeno encontrado abaixo da pele do animal.
Foto: agriculturasp - wikimedia commons
Em entrevista ao G1, o professor de Medicina Veterinária Pierre Barnabé, da Universidade Federal de Alagoas, disse que nesse ritmo a espécie será extinta no Brasil antes de 2030.
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Pierre integra um grupo que defende a aprovação de uma lei que proíba o abate de jumentos. O projeto está parado desde 2022 no Congresso Nacional.
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Segundo Pierre, o jumento já não existe mais em certas partes da África, como no Egito, por exemplo. E está em risco de extinção em vários países.
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Três frigoríficos têm licença do Serviço de Inspeção Federal para abater jumentos no Brasil. Todos ficam na Bahia.
Foto: agriculturasp - wikimedia commons
Apesar da legalidade no processo, há denúncias sobre a falta de um controle que impeça maus-tratos aos animais antes do abate.
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Em 2021, a BBC News Brasil destacou o impacto dessa atividade também no aspecto cultural.
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Os jumentos, ou jegues como também são chamados, fazem parte do cenário rural no nordeste, mas estão sumindo.
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A drástica redução no número de animais encareceu na hora da compra. Quem precisava de um jumento pagava até R$ 150. Mas hoje precisa de R$ 500 .
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A organização The Donkey Sanctuary estima que 5,9 milhões de jumentos são abatidos a cada ano para abastecer o mercado de ejiao, substância da medicina chinesa feita a partir do colágeno extraído da pele do jumento.
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Esse produto vem sendo usado há séculos na China como medicamento natural contra insônia, anemia, sangramentos e sinais de envelhecimento.
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Os produtores de ejiao costumavam usar peles de jumentos provenientes da própria China. Mas o número de jumentos no país despencou em 2021. E o país buscou fontes externas.
Foto: Deadkid dk wikimedia commons
Ao mesmo tempo, o ejiao deixou de ser um produto de nicho de luxo para se tornar um item popular e amplamente disponível no mercado, acessível a muitas camadas da população, o que exigiu uma ampliação da produção.
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Existem diferenças entre vários tipos de equinos, embora as pessoas se confundam. Veja algumas peculiaridades.
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Cavalo: É da espécie Equus ferus caballus, domesticado há milênios. Tem corpo grande, patas longas e é usado para montaria, tração e esporte.
Foto: Cavalo, animal - Imagem de Alexa por Pixabay
Jumento: Também chamado de jegue, é da espécie Equus africanus asinus. Tem orelhas longas, corpo mais compacto e é adaptado a terrenos áridos; ancestral direto do burro.
Foto: Nevit Dilmen wikimedia commons
Burro: É o filho de jumento com égua. É estéril, como quase todos os híbridos, e reúne força e resistência; usado para carga e trabalho rural.
Foto: Tomás Del Coro wikimedia commons
Mula: É a filha de cavalo com jumenta. Também é estéril e usada para transporte, sendo robusta e obediente; fêmea é chamada de mula, e o macho de muar.
Foto: Sogospelman wikimedia commons
Inclusive, o personagem chamado de Burro na franquia "Shrek" não pode ser burro já que teve filhotes com a Dragão fêmea. Os burros são estéreis. Donkey deve ser jumento...
Foto: Divulgação
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Foto: Felipe Balbino wikimedia commons