Vídeo mostra chegada de tornado a Rio Bonito do Iguaçu, cidade devastada no Paraná

Imagens registraram supercélula que gerou dois tornados consecutivos, segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná

10 nov 2025 - 18h42

Um vídeo compartilhado pelo Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) mostra o momento em que o tornado que atingiu Rio Bonito do Iguaçu se aproxima da região central do município na última sexta-feira, 7. As imagens foram registradas por câmeras de segurança de uma universidade localizada a cerca de 5 km do local onde o fenômeno tocou o solo.

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De acordo com o Simepar, é possível ver claramente a formação da supercélula, estrutura de tempestade que deu origem ao tornado. O instituto explicou que o mesmo sistema atmosférico percorreu cerca de 70 km, dissipando o primeiro tornado próximo a Porto Barreira, município vizinho, e voltando a se reorganizar ao chegar a Entre Rios, distrito de Guarapuava, onde provocou um segundo tornado.

"Dá para ver bem a supercélula. Dentro dela está o tornado. Essa mesma célula gerou o tornado de Rio Bonito e, depois de se desfazer, formou outro em Guarapuava", informou o Simepar.

"Já o tornado de Turvo foi provocado por outra supercélula", acrescentou o órgão, que segue analisando novas possíveis ocorrências.

Três tornados confirmados no mesmo dia

Segundo o Simepar, o tornado que atingiu Rio Bonito do Iguaçu foi classificado como F3 na escala Fujita, com ventos entre 300 km/h e 330 km/h - o mais intenso registrado no Estado. Outras duas tempestades severas formaram tornados de categoria F2 em Guarapuava e Turvo, com ventos que chegaram a 250 km/h. O Paraná registrou seis mortos e ao menos 750 feridos, segundo o governo.

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As três cidades atingidas ficam na região centro-sul do Paraná e não estão alinhadas geograficamente, o que confirma que os fenômenos foram gerados por tempestades diferentes. As análises envolveram dados de radar meteorológico, sobrevoos, vídeos e vistorias em solo, conduzidas pelo meteorologista Reinaldo Kneib e por engenheiros civis do Corpo de Bombeiros.

O Simepar informou que as formações estão associadas ao aprofundamento de um sistema de baixa pressão no Rio Grande do Sul, que posteriormente deu origem a um ciclone extratropical.

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