O atual cenário geopolítico, marcado por guerras e novas rivalidades entre países, representa um risco para a continuidade dos processos e acordos estabelecidos em conferências climáticas anteriores.
O alerta foi feito neste domingo (9) pelo ministro do Meio Ambiente e da Segurança Energética da Itália, Gilberto Pichetto Fratin, na véspera da abertura oficial da COP30, que será realizada em Belém, no Pará, a partir desta segunda-feira (10).
"As expectativas não são muito altas", admitiu Pichetto, "porque os equilíbrios mundiais mudaram muito nos últimos anos, com a presença de conflitos em várias frentes e a formação de blocos [de países]".
Em evento em Milão, o ministro também citou a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris como um fator complicador das negociações. "É uma fase difícil, mas devemos seguir em frente de qualquer maneira", ponderou.
Sobre a participação internacional na COP30, Pichetto explicou que a "adesão [de países] é quase completa", mas ressaltou que a realização da cúpula em Belém torna a presença física das delegações "mais complexa".
Sob o governo da premiê de direita Giorgia Meloni, a Itália defende uma abordagem mais "pragmática" e livre de "ideologias" nas negociações climáticas.