Nova Montana: o que podemos esperar da anti-Toro da GM

Nova Chevrolet Montana só vai manter o nome, pois será maior, baseada no SUV Tracker, e poderá usar motor 1.4 do Cruze

30 jul 2021 - 06h30
Nova Chevrolet Montana na visão de Kleber Silva.
Nova Chevrolet Montana na visão de Kleber Silva.
Foto: Kleber Silva / KDesign

Ainda há muito mistério sobre a nova geração da picape Chevrolet Montana, que já foi anunciada como parte do investimento de R$ 10 bilhões da GM no Brasil. O máximo que a GM divulgou foi um desenho com os traços laterais de uma picape. Entretanto, ligando todos os pontos, conseguimos antecipar alguns aspectos visuais e técnicos da nova Montana.

A nova Montana será produzida em São Caetano do Sul (SP). No momento, a tradicional fábrica da GM está com a produção paralisada por causa das reformas necessárias para receber a nova linha de montagem. A segunda geração da Montana usava a plataforma do Chevrolet Agile; a nova usará a do Tracker. A nova Chevrolet Montana deixará a categoria de picapes pequenas e será vendida na categoria de picape compacta monobloco de cabine dupla.

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Em poucas palavras: a nova Montana será uma anti-Toro. Foi o sucesso da Fiat Toro que motivou a GM a mudar sua picape. Portanto, ela vai passar dos antigos 4,50 m para mais de 4,90 m. A distância entre-eixos da nova Montana deve ficar próxima de 3 metros. Por causa disso, o motor terá que ser mais potente e mais forte. O antigo motor 1.4 aspirado de 99 cv, portanto, está descartado. Uma escolha óbvia da GM será o motor 1.2 turbo de 133 cavalos do Tracker.

Nova Chevrolet Montana na visão de Kleber Silva.
Foto: Kleber Silva / KDesign

Mas, segundo o site GM Authority, que é especializado em notícias não oficiais da General Motors, a nova Montana pode utilizar o motor 1.4 turbo de 153 cv e 240 Nm do Chevrolet Cruze. Este motor é fabricado na Argentina e, por ser turbinado, é considerado eficiente e atual. O motor 1.0 turbo de 116 cv e 165 Nm é uma incógnita. Especialistas do mercado acreditam que até o 1.2 de 133 cv e 210 Nm já será fraco para dar conta de uma picape carregada.

Como a nova Montana terá cabine dupla, a caçamba será menor do que a da velha Montana, que abrigava 1.152 litros e carregava 756 kg de carga. Uma dos fatores de sucesso da Toro é sua caçamba, que tem 937 litros de capacidade, enquanto a Renault Oroch tem 693. A Toro mede 4,94 m de comprimento e a Oroch tem 4,69 m. A Montana deve ficar mais próxima da Toro.

Visualmente, a GM pode adotar uma solução convencional, seguindo o padrão do Chevrolet Tracker, ou ser mais ousada, conforme a projeção feita pelo designer Kleber Silva. O artista brasileiro fez um a renderização da nova Montana com um conjunto óptico bem ousado, na mesma linha da Fiat Toro e também de carros da própria Chevrolet, como o novo Trailblazer.

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Nova Chevrolet Montana na visão de Kleber Silva.
Foto: Kleber Silva / KDesign

Para o interior, Kleber Silva projetou uma multimídia flutuante e volante de base arredondada, com um quadro de instrumentos convencional, como o do Tracker. A traseira é a parte mais ousada da renderização, com linhas retas e um filete de led ligando as duas lanternas.

Durante anos a Fiat Toro liderou o segmento com um motor 1.8 aspirado de 139 cv e 189 Nm. Portanto, o motor 1.2 turbo de 133 cv e 210 Nm pode dar conta da exigência da nova Montana. Porém, hoje, a Toro tem também um motor 1.3 turbo de 185 cv e 270 Nm, além do 2.0 turbo diesel de 170 cv e 350 Nm. A GM tem grande variedade de motores no mundo e este será um ponto chave para as aspirações comerciais da nova Montana. 

O lançamento da nova Chevrolet Montana está previsto para 2022. Se fosse vendida hoje, a nova Montana custaria cerca de R$ 115 mil na versão de entrada. Não está prevista a motorização a diesel e tração 4x4. Dentro da linha Chevrollet, este terreno deverá continuar sendo exclusivo da picape S10, que concorre no segmento de picapes médias com carroceria sobre chassi.

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