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Governo do Equador busca saída para situação "insustentável" de Julian Assange

10 jan 2018 - 12h23

A permanência de Julian Assange na embaixada do Equador em Londres pode estar prestes a chegar ao fim. Durante uma conferência com a imprensa na manhã desta terça-feira (09), a ministra das relações exteriores do país, Maria Fernanda Espinosa, disse que a situação do fundador do WikiLeaks é "insustentável", e que a busca, atualmente, é por algum tipo de mediação externa para garantir que o exílio do delator chegue ao fim após quase cinco anos.

Julian Assange
Julian Assange
Foto: Canaltech

Em pleno turbilhão relacionado às revelações de documentos confidenciais do governo dos Estados Unidos na internet, o jornalista e ciberativista se viu denunciado por abuso sexual na Suécia. O país entrou com pedido de extradição para que o acusado retornasse à terra natal para responder às acusações, no que Assange afirma ser uma manobra do governo dos Estados Unidos, onde ele é acusado de espionagem.

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Foi justamente por isso que ele se exilou na embaixada equatoriana em Londres, onde está desde junho de 2012. Todos os pedidos para que ele saísse de lá, realizados ao longo dos anos, foram negados pelo próprio, mesmo depois de a investigação relacionada aos casos de suposto estupro terem sido suspensas pela polícia sueca.

Isso também se deve ao fato de a polícia britânica ter revelado que prenderia Assange assim que ele saísse do local, sob acusações de violação de condicional - outra artimanha, alega ele, para manobrar sua extradição para os Estados Unidos. De acordo com a ministra, entretanto, o governo britânico se disse favorável a encontrar uma saída pacífica - mas ainda sem mencionar o salvo-conduto tão esperado pelo ativista, que garantiria sua saída segura do país.

Enquanto isso, Espinosa diz que a permanência do delator no prédio que pertence ao governo do Equador se torna cada dia mais complicada, principalmente do "ponto de vista humano". A ideia, agora, é buscar a ajuda de um terceiro país, que possa agir tanto como mediador nas questões relacionadas à prisão de Assange quanto em uma possível passagem segura para uma nova nação, onde ele poderia permanecer exilado.

A ministra, entretanto, evitou falar mais profundamente sobre a questão, não revelando quais países, se é que existe algum, já estão envolvidos no processo. Espinosa disse apenas que outros casos de asilo político dos anos recentes foram resolvidos desta maneira e que espera ver o mesmo acontecendo com Assange.

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