Startups de turismo apontam crescimento no último ano

Mesmo com as limitações geradas pela pandemia, startups de turismo fecham o último ano em crescimento

28 jan 2022 - 17h53

A indústria de turismo e viagens movimenta grandes economias ao redor do mundo todo, inclusive nas áreas tecnológicas. Antes da pandemia, entre 2015 e 2019, as startups de turismo britânicas viram o investimento de suas ações mais do que duplicar, indo do equivalente a 1,3 bilhão de reais para o patamar de 3,7 bilhões. 

Foto: Wang Xi / Unsplash / DINO

Assim é iniciado o Traveltech Report 2021, comandado pela Tech Nation, sediada em Londres. A plataforma de tecnologia para o segmento de viagens traz um relatório com números que mostram o avanço do segmento no cenário mundial.

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"A pandemia travou a maior parte das viagens internacionais que viram o investimento diminuir em 2020. No entanto, em uma análise regional, o investimento em 2020 ainda era de 358 milhões de libras esterlinas. Isto é 8% mais elevado do que o investimento em 2017", conforme publicado no relatório.

Segundo o documento, as startups de turismo -, chamadas de travel techs -, aplicam soluções tecnológicas e trazem inovação e agilidade para o mercado de viagens. Este movimento também segue a mudança de comportamento do novo perfil de turista, cada vez mais conectado às redes sociais e aos meios de reservas online.

A pesquisa aponta que os turistas estão cada vez mais utilizando agências de viagens online (OTAs) para reservar hospedagens, por exemplo. Apesar do comissionamento pago por essas empresas ser um custo extra ao hoteleiro, elas trazem uma nova solução. Afinal de contas, essas startups de turismo permitem que muitos empresários pequenos estejam presentes neste mercado global, comercializando hospedagens para turistas do mundo todo. 

O resultado positivo também foi visto por startups de turismo que atuam em outros segmentos, inclusive para os direcionados ao público A e B. Estudos recentes da ILTM (International Luxury Travel Market), empresa que assina a produção dos principais eventos de turismo de luxo do mundo, 62% dos entrevistados disseram que estão gastando mais com turismo hoje em dia do que antes da pandemia. A matéria foi feita em parceria com o portal Travel Weekly e publicada também nos canais do site Flights and Trip, apresentando as tendências para o segmento de turismo de luxo durante e no pós-pandemia.

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Turismo muito mais digitalizado na pandemia

No Brasil, empresas de tecnologia para o mercado de viagens também viram um aumento durante a pandemia. "Com muitas empresas e destinos precisando desenvolver estratégias de gestão de crise e comunicação para orientar os turistas, nossa procura por esses serviços quase que triplicaram", afirma Gustavo Albano, diretor de estratégia da MediaTouris, durante o primeiro encontro presencial da empresa após isolamento. 

Com a paralisação das viagens no Brasil e exterior, a MediaTouris, travel tech brasileira focada em análise de dados e destination marketing, optou por aproveitar o momento para lançar as verticais que estavam sendo finalizadas. Todas elas com operações 100% tecnológicas, ajudando também empresas de turismo a se digitalizarem de maneira automatizada.

Inclusive, um dos canais da marca, o Guia dos Hotéis, surgiu no segundo ano da pandemia, durante a flexibilização das restrições. Toda a equipe desenvolveu o projeto de forma remota, com profissionais alocados em lugares diferentes. 

O marketplace exclusivo para a hotelaria alcançou mais de 30 mil seguidores no Instagram em menos de quatro meses, em uma ação que indicou mais de 150 meios de hospedagem brasileiros de médio e alto padrão. A seleção especial chamada Hotéis Brasileiros também virou matéria e foi repercutida de forma ampla nas redes sociais.

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O aumento do uso da tecnologia no turismo, para diferentes finalidades, também foi tema de outro estudo recente. A 11ª Pesquisa de Impacto da Pandemia do Coronavírus nas Micro e Pequenas Empresas, realizada pela FGV - Fundação Getulio Vargas e pelo Sebrae, indicou que 85% das empresas que atuam na indústria de turismo se digitalizaram de alguma maneira. Um número muito superior à média geral, que atinge a marca de 67%. O estudo também destaca que os canais eletrônicos mais usados pelas pequenas empresas são as redes sociais e o WhatsApp.

Antes da pandemia este aumento na digitalização das empresas brasileiras já era representativo. Segundo a pesquisa realizada pela We are Social e publicada pela Travel Media PR, 66% das empresas brasileiras já eram ativas nas redes sociais em 2019. Destes, 89% informam que as redes sociais são úteis para concretizar vendas e fazer novos negócios. A pesquisa apresenta um mercado nacional que já entendeu a importância de inovações digitais criadas por startups de turismo e de outros segmentos.

Website: https://mediatouris.com/

Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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