Rússia intensifica ataques à Ucrânia com mísseis menos precisos da era soviética, diz general ucraniano

30 jun 2022 - 15h01

A Rússia está usando mísseis imprecisos de antigos estoques soviéticos em mais de 50% de seus ataques na Ucrânia e a taxa de ataques mais que dobrou nas últimas duas semanas, disse um general das Forças Armadas da Ucrânia nesta quinta-feira.

Mísseis russos atingiram uma série de alvos na Ucrânia nos últimos dias, matando um civil em um prédio de apartamentos em Kiev no sábado e pelo menos mais 18 pessoas em um shopping center na cidade de Kremenchuk na segunda-feira.

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A Rússia, que invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, nega atacar civis e diz que só atinge a infraestrutura militar.

O general Oleksii Hromov disse em entrevista coletiva na quinta-feira que a Rússia estaria tentando atingir a infraestrutura militar e crítica, mas que o uso de mísseis soviéticos antigos que são menos precisos estava levando a uma perda significativa de vidas civis.

Sua análise divergiu da feita por alguns políticos ucranianos que acusam a Rússia de atacar civis deliberadamente para semear o pânico.

"Os alvos do inimigo continuam sendo instalações militares, infraestruturas e indústrias críticas, redes de transporte. Ao mesmo tempo, a população civil está sofrendo perdas significativas devido a ataques (mal direcionados)", disse Hromov.

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"Para realizar ataques com foguetes, o inimigo em mais de 50% (dos casos) está usando mísseis da reserva soviética, que não são suficientemente precisos. Como resultado, edifícios civis estão sendo atingidos."

Ele disse que 202 mísseis foram disparados contra a Ucrânia na segunda quinzena de junho, um aumento de 120 em relação à primeira metade do mês. Ele estimou que 68 locais civis foram atingidos na segunda metade deste mês.

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