A Rússia incluiu nesta terça-feira (25) o principal opositor do governo, Alexei Navalny, na lista de "terroristas e extremistas", em mais uma investida contra as vozes críticas ao poder do Kremlin.
Navalny, conhecido como o mais feroz crítico do presidente Vladimir Putin, e oito de seus aliados - incluindo seus principais assessores, Lyubov Sobol e Georgy Alburov - foram adicionados à lista pelo Serviço Federal de Monitoramento Financeiro da Rússia (Rosfinmonitoring).
A lei determina que as contas bancárias daqueles que estão na lista sejam congeladas. A informação foi divulgada pelo jornal russo Novaya Gazeta.
Navalny, que retornou à Rússia da Alemanha há um ano, onde foi tratado por uma tentativa de envenenamento em 2020 - crime que atribuiu a Putin -, cumpre uma sentença de quase dois anos e meio de prisão por uma acusação controversa de fraude.
A inclusão do nome de Navalny na lista de "terroristas e extremistas" é feita em um contexto de crescente repressão à oposição na Rússia, tanto contra políticos como a meios de comunicação e personagens da sociedade civil críticos a Putin.
"Falamos muitas vezes, só podemos fortalecer nossa posição: a repressão de vozes críticas na Rússia não é aceitável", afirmou um porta-voz da Comissão Europeia ao ser questionado sobre a decisão russa.