Repórter da al-Jazeera foi morta por Israel, diz promotor da ANP

26 mai 2022 - 17h02

A jornalista palestino-americana Shireen Abu Akleh, da Al-Jazeera, foi morta por um soldado de Israel enquanto tentava fugir durante uma operação do Exército israelense na Cisjordânia ocupada, no último dia 11 de maio.

    A informação foi confirmada pelo procurador-geral da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Akhram al-Khatib, citado pela agência de notícias Maan. "A bala que matou a jornalista continha um fragmento de aço que perfurou sua proteção", disse ele durante coletiva de imprensa para ilustrar os resultados da investigação.

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    O promotor explicou que "as forças de ocupação dispararam contra jornalistas, incluindo Abu Akleh, sem aviso prévio, mirando diretamente no local onde estavam". Ela, por sua vez, morreu em decorrência de um "ferimento na cabeça".

    Segundo al-Khatib, os soldados israelenses "tinham uma visão clara e direta de onde se encontravam os jornalistas em Jenin, e que todos eles usavam coletes com a inscrição 'Imprensa'".

    Abu Aklen, de 51 anos de idade, foi assassinada durante a operação das tropas de Israel e seu enterro foi marcado pela violência das forças de segurança em Jerusalém. Poucos dias depois, inclusive, a polícia israelense anunciou a abertura de uma investigação sobre os confrontos.

    Após as declarações do promotor palestino, o ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz, rebateu as informações e lembrou que as autoridades israelenses lançaram sua própria investigação.

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    Além disso, Gantz pediu à Autoridade Nacional Palestina que mostre a bala que matou a repórter, mas, segundo ele, a "proposta foi rejeitada como a de uma investigação conjunta".

    "Qualquer alegação de que o exército israelense alveja intencionalmente jornalistas ou quem não está envolvido é uma mentira grosseira e descarada", disse.

  
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