Ministro das Finanças do Reino Unido renuncia ao cargo

Decisão é novo golpe para o governo de Boris Johnson

5 jul 2022 - 15h30
(atualizado às 16h12)

O ministro das Finanças do Reino Unido, Rishi Sunak, apresentou nesta terça-feira (5) sua renúncia ao cargo, afirmando que chegou à conclusão de que o governo britânico "não pode continuar assim".

Decisão é novo golpe para o governo de Boris Johnson
Decisão é novo golpe para o governo de Boris Johnson
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

"O público, com razão, espera que o governo seja conduzido de forma adequada, competente e séria. Reconheço que este pode ser meu último cargo ministerial, mas acredito que vale a pena lutar por esses padrões e é por isso que estou me demitindo", escreveu ele no Twitter.

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Em sua carta de renúncia ao primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, Sunak citou "imensos desafios" que o país está enfrentando e enfatizou que os cidadãos estão prontos para "ouvir a verdade".

"Em preparação para nosso discurso conjunto proposto sobre a economia na próxima semana, ficou claro para mim que nossas abordagens são fundamentalmente diferentes", acrescentou Sunak.

O ministro disse ainda que está "triste por deixar o governo, mas relutantemente cheguei à conclusão de que não podemos continuar assim".

A renúncia é anunciada após o secretário de Saúde, Sajid Javid, também deixar o cargo no que parece ser um protesto contra a liderança de Johnson, principalmente após uma série de escândalos envolvendo o governo do premiê britânico nos últimos meses.

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A acusação mais recente contra o premiê britânico diz respeito a outro ministro, Christopher Pincher, que teria sido acobertado por Johnson após ser alvo de queixas de má conduta sexual. Na semana passada, Pincher renunciou ao cargo de vice-líder do Partido Conservador.

Hoje, um ex-funcionário do Ministério das Relações Exteriores do país, Simon McDonald, acusou o gabinete de Johnson de saber das denúncias contra Puncher e mentir que desconhecia o caso. 

Recentemente, Johnson sobreviveu por pouco a uma moção de desconfiança apresentada por membros do Partido Conservador, que questionaram a sua liderança. 

  
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