Gerald Ford x Fujian: veja diferenças entre os porta-aviões dos EUA e da China

a comparação entre os porta-aviões Gerald Ford, dos Estados Unidos, e Fujian, da China, é alvo de análise por especialistas e entusiastas do setor naval. Saiba mais!

16 nov 2025 - 11h30

Em um cenário global marcado pelo avanço tecnológico das Forças Armadas, a comparação entre os porta-aviões Gerald Ford, dos Estados Unidos, e Fujian, da China, é alvo de análise por especialistas e entusiastas do setor naval. Afinal, essas embarcações representam não apenas a capacidade militar de suas nações, mas também os investimentos em inovação e modernização na guerra naval de alta intensidade.

No início do século XXI, os porta-aviões são ativos estratégicos essenciais para projeção de poder marítimo. Tanto os Estados Unidos quanto a China priorizam o desenvolvimento de novas classes de navios-aeródromo, concentrando esforços em autonomia, tecnologia embarcada e capacidade de operar aeronaves avançadas. O USS Gerald R. Ford, líder da mais recente classe de porta-aviões norte-americanos, e o CNS Fujian, expoente do programa chinês de renovação naval, ilustram essa disputa global por supremacia nos mares.

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Lançado em 2022, o CNS Fujian representa o primeiro porta-aviões chinês totalmente projetado e construído no país – depositphotos.com / fotogenix
Lançado em 2022, o CNS Fujian representa o primeiro porta-aviões chinês totalmente projetado e construído no país – depositphotos.com / fotogenix
Foto: Giro 10

Quais são as principais características do porta-aviões Gerald Ford?

O Gerald Ford, comissionado em 2017, marca uma nova geração de porta-aviões da Marinha dos Estados Unidos. Sua construção introduziu sistemas inéditos como o EMALS, lançador eletromagnético de aeronaves, substituindo o tradicional sistema a vapor. Esse avanço permite maior frequência de operações aéreas e menor desgaste mecânico. O navio conta ainda com redimensionamento total dos espaços internos, buscando efficiency energética e comodidade para sua tripulação, que supera 4.500 pessoas.

Dotado de radar multifuncional, sistemas avançados de defesa aérea e capacidade para embarcar até 75 aeronaves, o Gerald Ford se destaca como símbolo da superioridade tecnológica naval dos EUA. Sua propulsão nuclear garante autonomia quase ilimitada, enquanto os recursos de automação auxiliam na redução dos custos operacionais e aumentam a segurança de bordo.

Como o porta-aviões Fujian se destaca no cenário naval?

Lançado em 2022, o CNS Fujian representa o primeiro porta-aviões chinês totalmente projetado e construído no país. Ademais, ele tem foco em tecnologia de ponta semelhante à aplicada nos modelos ocidentais. Entre suas características modernas, o Fujian também utiliza um sistema de lançamento eletromagnético. Assim, amplia a capacidade de decolagem de aeronaves pesadas e mísseis de longo alcance. O navio foi desenvolvido para operar uma grande variedade de caças, drones e helicópteros, além de ser equipado com sensores e sistemas de vigilância de última geração.

A tripulação estimada do Fujian é levemente inferior à do Gerald Ford, com cerca de 3.500 pessoas, refletindo investimentos em automação e soluções inovadoras de manutenção. A embarcação faz parte do esforço chinês para consolidar sua presença em mares estratégicos, posicionando a China como uma potência crescente no cenário naval internacional.

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Tanto o Gerald Ford quanto o Fujian são marcos na corrida global pela supremacia naval e devem influenciar o desenvolvimento de futuras gerações de porta-aviões na disputa entre Estados Unidos e China – depositphotos.com / frizio
Foto: Giro 10

Gerald Ford x Fujian: qual apresenta maior poder militar?

Ao explorar o aspecto do poder militar entre Gerald Ford e Fujian, ressalta-se a diferença de experiência operacional. O Gerald Ford integra uma marinha que mantém tradição centenária em operações de porta-aviões, permitindo rápida adaptação a cenários de conflito. Além do vasto histórico, os EUA possuem uma rede de apoio logístico e aliados próximos, assegurando emprego imediato do porta-aviões em qualquer parte do mundo.

No caso do Fujian, embora represente avanço significativo para a Marinha do Exército de Libertação Popular, sua integração operacional ainda é recente. A China aposta em saltos tecnológicos, mas a experiência prática, especialmente em coordenação multinacional e resposta a crises, é um fator que ainda está em desenvolvimento.

  • Gerald Ford: Maior número de aeronaves embarcadas e autonomia global graças à propulsão nuclear;
  • Fujian: Capacidade crescente, tecnologia nacional e foco em missões no Indo-Pacífico;
  • Ambos utilizam sistemas eletromagnéticos para lançamento de aeronaves;
  • A extensão operacional chinesa está em fase de ampliação, enquanto a norte-americana já é consolidada.

Quais são as maiores diferenças entre os navios?

Entre as principais distinções, observa-se que o Gerald Ford é resultado de décadas de experiência, ao passo que o Fujian representa o ápice de um processo de modernização naval chinês mais recente. Em tamanho, ambos os navios têm dimensões similares, mas o Ford leva vantagem por seu histórico comprovado e pela integração de sistemas de combate testados em diferentes teatros de operação. O Fujian, por sua vez, é símbolo do investimento chinês em superar limitações antigas e buscar autonomia tecnológica.

Ainda que os dois porta-aviões tragam avanços como automação e lançadores eletromagnéticos, a maturidade operacional dos americanos coloca o Gerald Ford em posição de vantagem, ao menos por enquanto. No entanto, o progresso chinês com o Fujian revela uma tendência de aproximação tecnológica e estratégica, indicando que nos próximos anos a disparidade pode diminuir de forma significativa.

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Em síntese, tanto o Gerald Ford quanto o Fujian são marcos na corrida global pela supremacia naval e devem influenciar o desenvolvimento de futuras gerações de porta-aviões, impactando o equilíbrio de poder nos oceanos pelos próximos anos.

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