Após dois anos de interrupção em decorrência da pandemia de Covid-19, o Fórum Econômico Mundial de Davos começou neste domingo (22), na Suíça, marcado pela exclusão da Rússia e com foco nas consequência da guerra na Ucrânia e nos temores de uma desaceleração no crescimento global.
O governo russo foi excluído do evento, que acontece até a próxima quinta-feira (26), pela primeira vez desde o fim da era soviética, após invadir o território ucraniano em 24 de fevereiro.
Em março, os organizadores de Davos, que reúne a elite política e empresarial do mundo, cortaram relações com empresas e autoridades russas e anunciaram que qualquer pessoa sob sanções internacionais não seria bem-vinda no evento.
Por outro lado, a expectativa é de que um dos principais temas a ser debatido será a Ucrânia, principalmente porque o presidente Volodymyr Zelensky discursará durante a abertura por videoconferência.
Além disso, uma delegação ucraniana, liderada pelo ministro das Relações Exteriores, estará presente em Davos. "Em Davos, faremos tudo o que é possível pela Ucrânia e para apoiar sua recuperação", garantiu o fundador e diretor do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab.
Mais de 50 chefes de estado e de governo estarão presentes, incluindo o chanceler alemão, Olaf Scholz, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez, o premiê holandês, Mark Rutte, bem como a presidente da Comissão da UE, Ursula von der Leyen, e vários comissários, como o da Economia, Paolo Gentiloni.
A Itália será representada por quatro ministros: Daniele Franco (Economia), Roberto Cingolani (Transição Ecológica), Enrico Giovannini (Infraestrutura e mobilidade sustentável) e Vittorio Colao (Inovação tecnológica e transição digital). Entre os dirigentes do país europeu também estarão, entre outros, Andrea Illy (Illycaffè) e Francesco Starace ( Enel).
Já o Brasil contará com os ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Saúde, Marcelo Queiroga, este último sem compromissos públicos relacionados ao Fórum.
Além da guerra na Ucrânia e suas consequências mundiais, outros temas estarão em pauta, como a crise ambiental e os desdobramentos da pandemia de Covid-19.