"Pedofilia é o 11/9 da Igreja", diz secretário de Bento XVI

Georg Gänswein ainda disse que Joseph Ratzinger combateu abusos

11 set 2018 - 10h27
(atualizado às 11h23)

O prefeito da Casa Pontifícia e secretário pessoal do papa emérito Bento XVI, Georg Gänswein, disse nesta terça-feira (11) que os escândalos de pedofilia são o "11 de setembro da Igreja".

A declaração foi dada durante um evento na Câmara dos Deputados da Itália, em Roma, no aniversário de 17 anos dos atentados contra as Torres Gêmeas e o Pentágono, nos Estados Unidos.

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Bento XVI foi acusado de conivência com abusos na Igreja
Bento XVI foi acusado de conivência com abusos na Igreja
Foto: ANSA / Ansa

Segundo Gänswein, no "turbilhão de notícias das últimas semanas", a Igreja "olha, repleta de desconcerto, a seu próprio 11 de setembro, ainda que essa nossa catástrofe não esteja associada a uma única data", declarou.

Recentemente, Bento XVI e Francisco foram acusados pelo arcebispo italiano Carlo Maria Viganò, ex-núncio apostólico em Washington e membro da ala conservadora do clero, de conivência com abusos contra seminaristas cometidos pelo ex-cardeal norte-americano Theodore McCarrick.

Gänswein, que já havia chamado a acusação de "falsa", ressaltou nesta terça que Joseph Ratzinger denunciara a "gravidade do crime de pedofilia" e definira os abusos por parte de sacerdotes como um "ataque interno" contra a própria Igreja.

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