Os investimentos globais em energia renovável não estão dando frutos e o mundo deve se concentrar em garantir o fornecimento confiável de combustíveis fósseis, disseram os secretários de Energia e do Interior dos EUA nesta semana, enquanto trabalham para convencer a Europa a comprar mais petróleo e gás dos EUA.
Os EUA se tornaram o principal fornecedor de petróleo e gás da Europa devido ao boom do xisto norte-americano, e suas empresas estão buscando aumentar essa participação à medida que a União Europeia se movimenta para cortar totalmente as importações russas de energia remanescentes.
A mensagem das autoridades norte-americanas em uma conferência de energia em Atenas nesta semana destaca a mudança na política dos EUA sob o governo Trump, que reverteu as regulamentações ambientais e promoveu a "dominação" do petróleo e do gás como um impulsionador central da economia e da influência internacional dos EUA.
"Simplesmente não funcionou", disse o secretário de Energia dos EUA, Chris Wright, sobre a transição para a energia renovável na conferência, onde empresas norte-americanas anunciaram acordos de fornecimento e perfuração de gás na Europa.
Wright afirmou na quinta-feira que quer que os EUA substituam "cada molécula" do gás russo que vai para a Europa Ocidental.
Os EUA produzem mais de 20 milhões de barris por dia de petróleo e líquidos -- um em cada cinco barris do mundo.
O mundo gastou entre US$4 trilhões e US$8 trilhões para conectar parques solares e eólicos à rede, disse Wright, mas no ano passado essas fontes ainda representavam apenas 2,6% da energia global.
O secretário do Interior, Doug Burgum, afirmou: "Não há transição energética, há apenas adição de energia".
