Egito revoga extensão de estado de emergência pela 1ªvez em anos

25 out 2021 - 17h59

O presidente do Egito, Abdel Fatah al-Sisi, anunciou nesta segunda-feira (25) que não prolongará o estado de emergência no país, imposto oficialmente durante anos para melhor combater o terrorismo.

    "Decidi, pela primeira vez em anos, cancelar a extensão do estado de emergência a todo o país", disse o presidente egípcio em sua página no Facebook.

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    O estado de emergência está em vigor de forma ininterrupta desde abril de 2017, quando ocorreram dois violentos atentados contra a minoria cristã. No entanto, o país vive em alerta por quase 50 dos últimos 55 anos.

    "O Egito, graças ao seu grande povo e a homens fiéis, transformou-se num oásis de segurança e estabilidade na região", sustentou o líder do país.

    Al-Sisi ressaltou também que "os esforços" do povo egípcio e a sua "participação no desenvolvimento e na construção" do Egito ao longo dos últimos anos foram o motivo para esta decisão.

    "Juntos, avançamos com firmeza para a construção da nova República, com a ajuda de Deus e o seu apoio", acrescentou ele.

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    O estado de emergência foi decretado pela primeira vez durante a guerra árabe-israelense de 1967 e permaneceu em vigor até 1980.

    Ele, porém, foi reintroduzido no ano seguinte, após o assassinato do presidente Anwar Sadat.

    Posteriormente, o alerta foi prorrogado a cada três anos, até 31 de maio de 2012, três meses depois da queda do presidente autocrata Hosni Mubarak. Já em 2013, houve uma reintrodução por um mês, por ocasião da repressão sangrenta dos protestos dos partidários do líder egípcio Mohamed Morsi, destituído por uma revolução popular apoiada pelo Exército.

    Em abril de 2017, a medida que restringe várias liberdades fundamentais voltou a vigorar depois de dois brutais ataques a igrejas coptas no norte do país, que fizeram dezenas de mortos e foram reivindicados pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI).

    Desde então, sempre houve renovações trimestrais, sendo a mais recente em julho passado.

    A violência diminuiu nos últimos anos, exceto na península do Sinai, onde o exército e a polícia continuam a travar uma batalha quase diária contra os insurgentes, mais precisamente contra o braço local do EI, denominado Wilayat Sinai.

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