China envia aviões cargueiros ao Irã após início do conflito do país com Israel, diz jornal

De acordo com jornal norte-americano, os planos de voo tinham como um destino final para Luxemburgo

17 jun 2025 - 22h22
(atualizado às 22h55)
Resumo
China enviou aviões cargueiros ao Irã após o início do conflito com Israel, apesar de planos de voo indicarem Luxemburgo como destino, levantando especulações sobre apoio estratégico.
Boeing 747
Boeing 747
Foto: Andrew Holt / Getty Images

Aviões cargueiros decolaram da China nos últimos três dias — sendo um de uma cidade costeira e outro de Xangai. De acordo com o jornal norte-americano “The Telegraph”, os envios começaram após o início dos ataques de Israel contra o Irã na última sexta-feira, 13. 

Segundo informações obtidas pelo veículo, em cada voo, os aviões foram para o oeste, ao longo do norte da China, cruzaram o Cazaquistão, depois foram para ao sul, em direção ao Uzbequistão e ao Turcomenistão, sumindo do radar assim que se aproximaram do Irã. Apesar do trajeto, os planos de voo indicavam como destino final Luxemburgo

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Os aviões eram do tipo Boeing 747 (veja uma foto do modelo acima), que, segundo especialistas em aviação, são utilizados para transportar equipamentos e armas militares. “Essas cargas não podem deixar de gerar muito interesse devido à expectativa de que a China possa fazer algo para ajudar o Irã”, disse Andrea Ghiselli, professora da Universidade de Exeter e especialista nas relações da China com o Oriente Médio e o Norte da África. 

Ao jornal, a Cargolux, empresa com sede em Luxemburgo que operou os aviões, afirmou que os voos não utilizaram o espaço aéreo iraniano, mas não quis detalhar qual era o conteúdo do carregamento. 

Relação entre os dois países

Os dois países possuem uma relação estratégica. Além do Irã ser um dos principais fornecedores de energia da China, também possui oposição à ordem mundial liderada pelos EUA. De acordo com Ghiselli, uma ajuda é esperada por parte do país, mas que o assunto está sendo abordado com cautela por Pequim. 

“O colapso do regime atual seria um golpe significativo e geraria muita instabilidade no Oriente Médio, minando, em última análise, os interesses econômicos e energéticos chineses”, destacou em entrevista ao jornal. 

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Fonte: Redação Terra
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