Alemanha e Reino Unido detectam primeiros casos da Ômicron

27 nov 2021 - 16h26
(atualizado às 16h41)

A Alemanha e o Reino Unido confirmaram neste sábado (27) seus primeiros casos da variante Ômicron do novo coronavírus, que vem causando temor no mundo todo por ser aparentemente mais transmissível que o Sars-CoV-2 original.

Passageiros no Aeroporto de Munique, na Alemanha
Passageiros no Aeroporto de Munique, na Alemanha
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Segundo o secretário britânico da Saúde, Sajid Javid, dois contágios foram identificados em Nottingham e Chelmsford, na Inglaterra, e os infectados estão em isolamento, bem como suas famílias.

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"Isso é um alerta de que a pandemia ainda não acabou", declarou Javid, acrescentando que as autoridades sanitárias estão conduzindo testes nas duas áreas onde os casos - que estão interligados - foram detectados.

O secretário também disse que os contágios estão "relacionados" ao sul da África, a partir de onde a variante do Sars-CoV-2 começou a se espalhar.

Já na Alemanha, os casos foram registrados no estado da Baviera e referem-se a dois indivíduos que desembarcaram no Aeroporto de Munique em 24 de novembro. Ambos estão isolados.

Nos Países Baixos, 61 indivíduos que chegaram em Amsterdã em dois voos provenientes da África do Sul testaram positivo para a Covid-19 e foram isolados em um hotel, mas ainda não se sabe se os casos estão ligados à variante Ômicron.

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Restrições

Seis países africanos - África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue - já foram incluídos na lista vermelha de viagem do governo britânico, o que significa que pessoas provenientes desses territórios precisam cumprir quarentena de 10 dias na chegada.

O Reino Unido também vai colocar Angola, Moçambique, Malauí e Zâmbia na relação. Além disso, o primeiro-ministro Boris Johnson impôs teste PCR e quarentena obrigatórios para todos que chegam no país. O uso de máscaras voltará a ser compulsório em lojas e transportes públicos.

A Ômicron reúne cerca de 50 mutações na proteína spike, espécie de coroa de espinhos que reveste o Sars-CoV-2 e é usada pelo vírus para atacar as células humanas. Como a maior parte das vacinas disponíveis se baseia nessa proteína, existe o temor de que a variante possa ser resistente aos imunizantes.

  
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