Cresce o número de cirurgias de tireoide

23 jan 2020 - 14h37

A tireoide é uma glândula endócrina, que produz diversos hormônios, sendo os principais a tetraiodotironina (T4) e a triiodotironina (T3). Esses hormônios possuem iodo em sua composição e são responsáveis pelo controle do metabolismo e influenciam, também, no desenvolvimento e nas atividades do sistema nervoso.

Foto: DINO / DINO

Atualmente, os números indicam que, por ano, 5 mil mulheres brasileiras são diagnosticadas com problemas na tireoide, e é comum encontrar pessoas, seja entre amigos ou familiares, que já precisaram retirar a glândula através de cirurgia.

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De acordo com o Dr. Arthur Vicentini, médico especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço, as cirurgias de tireoide são realizadas há muitos séculos e a técnica utilizada atualmente foi descrita há mais de 100 anos, tendo sofrido poucas alterações desde então. "Antigamente, o número de doenças tireoidianas diagnosticadas era menor, tendo em vista a limitação dos métodos de investigação de imagem e exames laboratoriais", explica.

Como funciona a cirurgia de retirada da tireoide

A cirurgia de retirada de toda a glândula tireoide, ou de uma parte dela, é chamada de tireoidectomia. A tireoidectomia pode ser realizada de duas formas, total ou parcial, dependendo de diversos fatores que serão apontados pelos médicos em conversa com o paciente.

De modo geral, esse é um tipo de cirurgia que tende a evoluir bem, sendo raras as complicações. Mas, é importante que alguns detalhes sejam esclarecidos com o paciente, uma vez que toda cirurgia envolve riscos. "Quando o procedimento é realizado por médicos bem treinados e habilitados, realmente, os riscos são baixos. As principais complicações relacionadas a lesões dos nervos que movimentam as cordas vocais, e a redução do PTH, hormônio que controla o equilíbrio de cálcio no organismo," afirma o Dr. Arthur Vicentini.

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Ainda segundo o Dr. Arthur, os nervos da voz, também chamados de nervos laríngeos recorrentes, possuem uma proximidade com a tireoide, e esta é uma das partes mais delicadas do procedimento, ou seja, a identificação e liberação deste nervo em relação à glândula. Por isso, o processo deve ser feito de maneira cuidadosa e atenta pelos médicos, para evitar problemas nas cordas vocais.

Cuidados pós-cirúrgicos

Após a tireoidectomia, é necessário evitar esforços físicos e exercícios, principalmente nos primeiros dias. É importante cuidar dos curativos é da higiene local (em geral, não se deve manipular o mesmo de 7 a 10 dias).

A alimentação deve ser saudável e com bastante ingestão de líquidos. "Geralmente são indicados medicamentos sintomáticos após a cirurgia, para evitar incômodos como dor, náuseas, entre outros. É comum prescrevermos anti-inflamatórios e/ou analgésicos, bem como antieméticos para os primeiros dias," finaliza.

Também é frequente o uso de bolsas de gelo na região da cirurgia e pastilhas para a garganta, além da reposição do hormônio tireoidiano, pois quando a glândula é retirada, já não existe mais a produção própria pelo organismo.

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Website: https://arthurvicentini.com.br/

Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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