Produção de cana tem um recuo de 9,5%,segundo a Conab

A produção no campo é limitada pela seca prolongada e pela ocorrência de geadas nos meses de junho e julho

28 out 2021 - 11h19
(atualizado às 12h25)

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou o relatório de análise mensal da cana-de-açúcar para os meses de setembro/outubro deste ano. De acordo com o estudo, o 2º Levantamento da Safra 2021/22, divulgado pela Conab em agosto, indica que a produção de cana no atual ciclo deve apresentar um recuo de 9,5%, em comparação com a safra anterior, resultado da queda de 4,3% na área cultivada e de 5,5% na produtividade dos canaviais. A produção no campo é limitada pela seca prolongada e pela ocorrência de geadas nos meses de junho e julho, que podem impactar também a safra de 2022/23.

Apesar da ampliação do mix de produção a favor do açúcar, em detrimento do etanol, a produção desta cultura na safra atual é limitada pela menor quantidade produzida no campo. Já a produção de etanol total (cana-de-açúcar e milho) deve apresentar um recuo de 10,8% em relação ao ciclo anterior, resultado da queda de 13,1% na produção de etanol de cana-de-açúcar. Estima-se um crescimento de 11,2% na produção de etanol proveniente de milho. A produção de etanol é limitada pelos problemas climáticos que prejudicaram a produção da cana-de-açúcar no campo.

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Tendência do clima 

A chuva frequente diminui o ritmo de moagem, mas por outro lado favorece as atividades de plantio e o desenvolvimento de áreas de "cana soca" e "cana planta". Nesta semana, há previsão de chuva forte sobre São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás, com acumulados acima dos 50mm em vários municípios. Na semana que vem, a chuva forte migrará para o centro e norte do Brasil, alcançando áreas do Nordeste que estão em início de colheita, como Sergipe e Alagoas. Por outro lado, São Paulo, Paraná e sul de Mato Grosso do Sul terão uma primeira semana de novembro com pouca precipitação.

Preços

A restrição da oferta interna do açúcar segue dando suporte ao aumento dos preços no mercado físico, com tendência de valorização no último trimestre de 2021 diante do cenário de queda da produção na safra 2021/22.

No mercado internacional, os preços do açúcar tendem a variações moderadas. O consumo mundial na safra 2021/22 deve atingir um recorde de 175 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 1,5% em relação ao ciclo anterior, influenciando na redução dos estoques globais, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Exportações

No acumulado dos primeiros seis meses da safra 2021/22 (abril a setembro), o Brasil exportou cerca de 14,6 milhões de toneladas de açúcar, o que corresponde a uma redução de 12,3% na comparação com igual período do ciclo anterior. Apesar do aumento dos preços internacionais na safra atual e da taxa de câmbio elevada no Brasil, a queda da produção interna restringe a disponibilidade de açúcar para exportação.

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Para acessar o estudo completo .

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