BRASÍLIA - O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) anunciou nesta quarta-feira, 12, que o deputado Guilherme Derrite (PP-SP) apresentará uma nova versão do projeto antifacção. Relator da proposta original do governo de combate ao crime organizado, o secretário de Segurança Pública licenciado de São Paulo, fará a quarta mudança no texto.
O texto de Derrite sofreu críticas do governo por retirar poderes e também recursos da Polícia Federal. O relator do projeto já havia corrigido sua proposta para não afetar os poderes de investigação ao crime organizado. Agora, pode alterar de novo para que a PF não perca recursos arrecadados com a venda de bens apreendidos de criminosos.
Motta disse que recebeu pedidos para dar mais tempo para a discussão do projeto e evitou cravar que a votação da proposta será adiada. O texto está previsto na pauta do plenário nesta quarta-feira. Segundo o presidente da Câmara, o adiamento dependerá do posicionamento dos líderes.
"Esta presidência diz que quer aguardar o deputado Derrite colocar seu parecer no sistema. A partir daí vamos ouvir os líderes abrir os microfones para que no final da ordem do dia tomemos essa decisão. Ainda não tomamos essa decisão", afirmou Motta.
Ao longo da quarta-feira, Derrite fez um visitou salas de lideranças partidárias para coletar sugestões de alterações na redação do projeto. As principais indicações de mudança vieram do governo.
Além da conversa com o líder do governo, José Guimarães (PT-CE), Motta conversou com deputados do Republicanos, PSD, PP e União Brasil.
