O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia devolver o relógio de luxo que recebeu de presente em 2005. Ele expressou esta vontade a alguns interlocutores mais próximos.
Lula pensa em não ficar com o item mesmo após decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que permitiu ao petista permanecer com o acessório.
Lula e Bolsonaro
Por outro lado, esta mesma decisão pode gerar comparações entre o caso dele e o do ex-presidente Jair Bolsonaro. A informação foi revelada pela jornalista Monica Bergamo, da Folha de S.Paulo, e confirmada pela Rede CNN.
Lula avalia a possibilidade de devolver o relógio Cartier que recebeu em uma viagem à França, apesar da decisão tomada ontem pelo Tribunal de Contas da União (TCU) que o isentou de fazê-lo.
A devolução não estava no radar antes do julgamento desta quarta-feira (7) e só passou a ser debatida no Palácio após a Corte abrir uma brecha com potencial de beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro no caso das joias recebidas de presente da Arábia Saudita.
Aliados do petista também têm pressionado para que ele devolva e, desta forma, ponha um ponto final no assunto.
TCU
O órgão entendeu, por maioria dos votos, que faltam regras claras que disciplinem o recebimento de presentes. Tal entendimento que pode também beneficiar Jair Bolsonaro.
De acordo com o TCU, em seus dois primeiros mandatos (2003 a 2010), o presidente Lula recebeu 568 presentes durante audiências no exterior ou no Brasil. A maioria, em um total de 559, havia sido incorporada ao acervo pessoal do atual presidente.
#TCUPlenárias - O #TCU analisou representação sobre suposta apropriação indevida de um relógio de pulso pelo presidente Lula. Para o Tribunal, não há lei específica que caracterize os presentes recebidos como bens públicos. Entenda: https://t.co/498H5qeis9
— TCUoficial (@TCUoficial) August 7, 2024