Governador do Rio sinaliza que haverá fogos em Copacabana

Prefeito chegou a anunciar cancelamento do tradicional evento; ideia é manter queima de fotos na orla, mas vetar shows

7 dez 2021 - 14h31
(atualizado às 15h47)
Queima de fogos no Réveillon de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro
Queima de fogos no Réveillon de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro
Foto: JOÃO LAET/ESTADÃO CONTEÚDO

Depois de anunciar no fim de semana que o Réveillon de Copacabana estava cancelado, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), anunciou na noite de segunda-feira (6) que se reuniu com o governador Cláudio Castro (PL) e solicitou que ao menos parte dos festejos possa ser realizada. Castro sinalizou de forma positiva e espera apenas a aprovação do comitê científico responsável por orientar medidas de combate à pandemia para confirmar a tradicional queima de fogos.

A ideia levada por Paes ao governador é de manter a queima de fogos na orla de Copacabana e em outros pontos do Rio. Em vez de shows ao vivo, a festa contaria com caixas de som espalhadas por alguns pontos. O estacionamento nas ruas de Copacabana seria proibido.

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Nesta terça-feira (7), o governador se mostrou favorável à realização da festa. "A ideia é a gente fazer os fogos com música eletrônica, umas caixas de som, e a proibição de estacionamento para que a gente possa evitar essa aglomeração", disse Cláudio Castro, em entrevista à TV Globo.

A confirmação oficial, porém, ainda depende de aprovação dos comitês científicos do Estado e da cidade do Rio. Uma reunião conjunta está prevista para acontecer nesta quarta-feira para debater o assunto. A expectativa é que o Réveillon tenha sua realização confirmada ou não até o fim de semana.

Na noite de segunda-feira, Eduardo Paes usou sua conta no Twitter para anunciar que a festa de Réveillon em Copacabana - que ele mesmo havia definido no sábado que não iria mais acontecer - poderá ser realizada.

"Estive agora à noite com o governador Claudio Castro. Pedi que levasse a seu comitê científico a possibilidade de realizarmos ao menos os fogos em Copacabana e em alguns pontos centrais da cidade. @danielsoranz irá conduzir as negociações acerca do que é possível ser feito", escreveu o prefeito no Twitter, citando na mensagem o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.

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O recuo de Paes gerou muitas reclamações e provocou ironias entre os que seguem o prefeito na rede social. "Só pra entender, Dudu. O contrato da prefeitura com a covid-19 veda a participação do vírus em aglomerações com pirotecnia, ou puxar o saco dos gringos nos hotéis da praia é bem mais importante que a saúde do povão amontoado?", indagou um.

Houve também quem defendesse o eventual recuo. "Faz os fogos no Cristo, na Igreja da Penha e no Pão de Açúcar. Assim, de quase toda a cidade os fogos poderão ser vistos!", sugeriu outro.

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