Golpistas gaúchos se passavam por acompanhantes e membros do PCC para extorquir vítimas pelo WhatsApp

Operação "Fake Faction" prendeu dois suspeitos no RS e revelou movimentação de mais de R$ 2,6 milhões em fraudes virtuais

7 nov 2025 - 11h36

A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, na quinta-feira (6), a operação "Fake Faction", que desmantelou um esquema de extorsão e fraudes online com ramificações no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Dois homens foram presos em cidades gaúchas, e um terceiro investigado segue foragido.

Foto: Polícia Civil/DF / Reprodução / Porto Alegre 24 horas

As ações ocorreram em Esteio, Sapucaia do Sul, Osório, Arroio do Sal, Tramandaí e Torres, além de Itapema (SC). O grupo, segundo as investigações, criava sites falsos de acompanhantes para atrair vítimas e, depois, utilizava ameaças de morte atribuídas ao PCC (Primeiro Comando da Capital) para extorquir dinheiro.

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De acordo com o delegado Welington Barros Pereira, a quadrilha usava perfis falsos com fotos de mulheres para iniciar conversas com as vítimas. Após o contato, os criminosos diziam ser integrantes do PCC e afirmavam que o cliente teria "tomado o tempo" da garota, exigindo pagamentos sob ameaça de morte.

Uma das vítimas, moradora de Brasília, chegou a transferir R$ 1 mil, mas continuou recebendo ameaças e procurou a polícia. As investigações, iniciadas em janeiro de 2024, revelaram que o grupo movimentou ao menos R$ 2,6 milhões, além de indícios de lavagem de dinheiro.

Durante o cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão e três de prisão preventiva, os agentes localizaram os dois suspeitos presos em Osório, que responderão por extorsão, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

A polícia acredita que o número de vítimas pode ser muito maior e segue analisando o material apreendido para identificar novos casos.

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Com informações GZH

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