Fornecedor de materiais para falsificação de destilados é preso em SP

Suspeito comercializava desde garrafas, tampas, rótulos e caixas para embalar até os selos arrecadadores de imposto da Receita Federal

3 out 2025 - 15h09
(atualizado às 15h12)
Resumo
A Polícia Civil de São Paulo prendeu um dos principais fornecedores de materiais para falsificação de bebidas no Jardim Carumbé, encontrando itens como garrafas e selos falsificados, e realizou apreensões em diversas cidades paulistas.
 
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A Polícia Civil de São Paulo divulgou, nesta sexta-feira, 3, ter prendido "um dos principais fornecedores de materiais para a produção de destilados adulterados". Agentes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) realizaram uma ação no Jardim Carumbé, zona norte da capital paulista. Em um imóvel, encontraram vários itens para produzir falsificações. 

O suspeito comercializava desde garrafas, tampas, rótulos e caixas para embalar até os selos arrecadadores de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) da Receita Federal falsificados para por nos vasilhames. As informações apontam que o material abastecia diversas regiões do estado de São Paulo, especialmente no interior.

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A investigação indicava que um importante elo na cadeia de falsificação de bebidas tinha sua base operacional no Jardim Carumbé. A equipe identificou os imóveis onde funcionava o entreposto de distribuição dos materiais.

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Segundo o Deic, as apurações revelaram que o detido criou uma rede para comprar garrafas de uísque, vodcas, gins entre outras.

Ele era o responsável pela lavagem dos vasilhames e, na sequência, pela recolocação de rótulos falsificados, tampas, selos de autenticidade e todos os itens para compor embalagens similares à original. Eram utilizadas até prensas para o envase. Depois embalava em caixas idênticas às das marcas.

Os compradores eram falsificadores espalhados por São Paulo, especialmente no interior do Estado.Os policiais recolheram todo o material, que inclui centenas de garrafas e milhares de outros itens para falsificação, dentre tampas, rótulos, selos e caixas.

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O responsável foi autuado por crimes contra propriedade industrial e contra às relações de consumo.

A intoxicação por metanol acontece via ingestão de bebida adulterada
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Foto: Pawel Kacperek/GettyImages

Outras apreensões

Na quinta-feira, 2, a Polícia Civil de São Paulo apreendeu 50 caixas de bebidas que estavam em um caminhão em Diadema, na Grande São Paulo, por suspeita de estarem adulteradas. Os policiais se depararam com 1,2 mil garrafas de cerveja preenchidas com um líquido semelhante a cachaça. O rótulo também era inapropriado, com indícios de ter sido trocado.

Também na quinta-feira, 1,8 mil lacres falsos foram apreendidos na capital paulista, em uma casa no bairro Jardim Campo Limpo, na zona sul. Outras 162 garrafas de uísque e rótulos falsificados foram apreendidos em Dobrada, em Araraquara, e mais 17,7 mil produtos foram recolhidos em uma fábrica clandestina em Americana na terça-feira, 30.

Em Barueri, um lote de 128 mil garrafas foi lacrado na quarta-feira, 1 por ausência de documentação. Além disso, numa das interdições na quinta, em M’Boi Mirim, houve a apreensão de seis caixas, com 60 garrafas de vodka, do mesmo lote apreendido na distribuidora de Barueri na quarta. 

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Fonte: Portal Terra
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